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BICILINHA

Reuni aqui as aventuras de nossas primeiras viagens para outras cidades. Desde que inventei a Bicilinha vivemos várias aventuras. No total hoje, calculo que já rodei mais de 1000 Km! De tanto montar e desmontar, andar aqui para alguns curiosos e, as vezes, amadores de trens darem uma olhada, mas na verdade andaram também, afinal como: "De louco todo mundo tem um pouco", também: "De trem, todo mundo tem um pouco" e o pior é que muitos não sabem...

 

Aqui em minha querida cidade, Lucélia, há um pontilhão extenso e alto. Bom não tão extenso e alto, mas pela média da região, dá medo... É demais passar nele pois a ferrovia fica bem no alto, e não tem corredor later. Já viajamos com a invenção para: Inúbia Paulista, Osvaldo Cruz, Adamantina e Flórida Paulista. Começarei na ordem de viagem.

 

> Inúbia Paulista

 

Nossa aventura em Inúbia Paulista foi a primeira "viagem-teste" que fizemos longe, saindo da cidade. Inúbia Paulista fica cerca de 9 km de Lucélia, e essa viagem foi importante pois vi as modificações que teriam que ser realizadas para ter melhor desempenho. A viagem foi muito legal pois como disse nunca tínhamos ido a um lugar tão distante e com um veículo inédito. Fomos em 3, eu e mais dois amigos um daqui de Lucélia outro chamado Gilberto, de Parapuã (outro viciado em trens). O amigo daqui de Lucélia já trabalho na Fepasa, por isso ficou curioso em ver como era esse "negócio" que andava na linha do trem com bicicletas. Gilberto gosta de trens desde pequeno também, é um ferreo-viciado que nem eu... Eu não imaginava que existia outras pessoas como eu, que gostava de trens, mas existe! E muitas ainda...

 

Bom, vamos a viagem...

 

Saímos daqui rumo à Inúbia Paulista, cidade vizinha sentido São Paulo. Decorridos 1 Km antes de chegar lá, foi tudo bem... Bom, tivemos que limpar várias passagens de nível devido a terra... Mas chegando lá, mato era tão grande que engolia todo o trilho. Era um tipo de mato que parecia uma "cerca viva", uma coisa doida! Parecia um tipo de "cipó" bem fino, sei lá, só sei que era mato que segurava demais! As rodinhas da invenção enroscava nesses matos e as bicicletas patinavam porque, graças ao "massetamento" do mato, ele soltava um líquido que, no mínimo, devia ser vingança... Esse líquido ficava no trilho e quando passávamos com o pneu traseiro, patinávamos muito. Pedalávamos, pedalávamos e não saíamos do lugar... Eu nunca imaginava que a invenção passaria por isso, pois achei que a combinação borracha/trilho não patinava. Bom, patinar não patina, mas quando entra uma variável "líquido", a coisa muda... Tinha vezes que patinávamos tanto que parecia até aqueles pedalinhos de represas (que pelo que vejo pedala, pedala e o negócio não anda pouco...). Então fomos obrigados a descer e empurrar, mas nem assim ia. Carpir nem passou pela nossa cabeça... Fazer o que?! Tivemos que voltar mas ainda com aquele desejo de conquistar aquela cidade prometida e pela linha, claro... Um detalhe quanto ao mato: esse problema, do mato expelir esse líquido ao ser massetado (coisa normal), é um grande problema até para os trens! Um dos trens que raramente passou aqui, teve que em muitas subidas, desengatar a locomotiva dos vagões, subir sozinha massetando o mato e jogando areia para depois voltar, engatar os vagões e puxar o trem... E foi feito isso em vários trechos ainda! Isso é para ver o quanto o mato complica uma composição, inacreditavelmente, aquele mato pequeno... Juntando milhares deles, faz um trem patinar! Incrível...

 

Com propósito de conquistar a cidade vizinha, após alguns dias, tentamos ir novamente: eu, meu irmão, minha amada namorada, que hoje é minha esposa, e mais alguns amigos, totalizando 6 pessoas. Essa foi a primeira viagem com 6 pessoas que fizemos para fora da cidade e para nossa alegria, conhecemos uma caixa de abelhas hospedado ilegalmente em um dormente (aquele "tronco" que fica embaixo da linha do trem). Tentamos passar correndo e conseguimos sem nenhuma ferroada... Bom eu pelo menos não levei, só se alguém levou e não quis falar para evitar uma zoada de leve...ehuehuehueuhehu! Continuamos seguindo viagem mas o mato ainda estava grande, tivemos que voltar e, por sorte sem ferroada também. Mas ainda não tínhamos conseguido chegar até a estação devido aquela mata amazônica na linha do trem...

 

Passou algum tempo e um pequeno trem. Aí, como a locomotiva robusta com seus 80.000 kg, os matos que estavam sobre os trilhos, foram cortados e esmagados... Viva!!! Em seguida em... INÚBIA PAULISTA!!! Fomos novamente e graças a grande ajuda da locomotiva, desta vez conseguimos chegar até a estação! Sem ferroada, sem precisar descer para empurrar, aliás nem abelha vimos mais... Essa foi nossa primeira aventura e cidade conquistada! Foi a primeira cidade que a invenção conquistou...

 

> Adamantina

 

Outra de nossa viagem, mas agora sentido Panorama. A segunda cidade que fomos foi para Adamantina que também fica cerca de 8 km daqui. Nada de muito especial no caminho, o mato estava baixo pois a via tinha bastante pedra, bem mais do que tem indo para Inúbia Paulista. Ao chegarmos lá, muitas pessoas viram a doidera de andar na linha: umas achavam legal, outras olhavam, olhavam e nada dizia, outros não entendiam nada! Era pergunta, atrás de pergunta... Mas é gostoso responder perguntas quando você vê que a pessoa quer entender que "trem" era aquele. Eu quando pequeno, era muito curioso e ainda sou. Por isso que gosto de responder as perguntas das pessoas com o máximo de informação e exatidão possível pois é assim que queria que tivessem feito com minhas dúvidas.

 

Daqui até Adamantina são poucas subidas e descidas mas nem percebemos muito, afinal a "adrenalina" é tanta que nem o sol quente sentimos durante a viagem, mas a noite quando nos víamos no espelho... No caminho daqui para lá, há um pontilhão (viaduto) e logo depois desse pontilhão é uma descida, aí é bom: só no embalo... Mas tudo que desce, sobe! Já na volta na volta... Tem muita gente que fala: "a linha do trem não tem subida..." Tem sim. É quase imperceptível quando está vendo a linha ferroviária de lado, mas quando estamos em cima da linha, com um pouco de atenção, podemos perceber se é uma subida ou descida. Outra forma de sentir se é subida, é quando pedalamos: o esforço é muito maior mesmo que a subida é "leve". 

 

O mais legal de tudo é que andando na linha do trem, conhecemos muitos insetos, plantas, daquelas que pinicam mesmo, cachorros bravos e, para nossa sorte, presos, vacas correndo de medo, bosta de vaca (ou de cavalo, sei lá!) no trilho, lagarto na linha... uma fauna incrível! Só sei que as rodinhas da coitada da Bicilinha (Pat - 0200920 - 0), fica sempre "carimbada" de verde, marrom, etc.

 

Vira e mexe, vemos vários insetos viajando na invenção as nossas custas, ou melhor, as nossas pernas! Fazer o que, temendo a seu ferrão, que talvez pudessem possuir, muitos deles deixávamos lá tomando uma fresca.

 

Graças a Deus nunca vimos nenhuma cobra, aranha, escorpião, dragão (eita!) ou coisa mais exótica que tememos. Claro que aranhas nós sempre vemos ao lado da linha, mas não interceptando nosso caminho. É elas lá e nós aqui... Eu hein... dá até arrepio de ver aquelas aranhonas bundudas em suas teias, nós caímos fora logo! Daqui até Adamantina levamos muito tempo, mais de uma hora as vezes. Mas o tempo também depende de uma parte da tração chamada "perna", afinal é tudo no pedal. Não é como andar de bicicleta na boa não... Aqui se não tiver resistência e força, não aguenta não... E também, além da perna, tem os fatores sujeira na linha, barranco caído, excesso de mato, etc. O que mais nos atrasa é aquele monte de mato e terra no meio da linha do trem, pois quando estamos com uma velocidade boa, acontece de vir aquele monte de mato no meio da linha e reduzindo nossa tão sofrida e suada velocidade! Aí... haja resistência e força para exercer tração de novo para recuperar a velocidade! Um mato sozinho não faz nada... Agora, incrivelmente, quando se tem um monte a coisa muda: sentimos fortemente a segurada ocasionando a perda de velocidade. Que viagem! Outra aventura dessa, só viajando de novo, coisa de quase todo final de semana nos dias de hoje já que trem aqui, é que nem achar fogo em gelo...

 

>  Osvaldo Cruz

 

Agora vamos avançar uma cidade a mais?! Então... Osvaldo Cruz!!! Cidade situada a 18 Km daqui na qual tínhamos vontade de ir a algum tempo, mas estávamos esperando a passagem de algum veículo ferroviário para baixar o mato (seja um trem, um auto de linha, um caminhão de linha... etc). Passou mais de um ano desde que a última locomotiva, que nos permitiu ir para Inúbia Paulista. Então ficamos com receio do mato não permitir a viagem. Para nossa felicidade, justamente alguns dias depois de pensarmos em ir para Osvaldo Cruz, passaram duas locomotivas sentido Panorama! Opa... seria a volta dos trens de carga?! Infelizmente não...  

 

Na volta, veio um trem com quase 30 vagões: uma locomotiva na frente modelo U 20 C e outra na cauda modelo LEW. Só vieram em duas para ajudar no freio, pois os vagões estava sem freio parado a anos... Esse foi o último trem que passou aqui que não era de serviço. Era um trem com uns vagões que foram trazidos para serem leiloados... Viva os governantes do Brasil!  Nunca tem trem, quando tem é para este fim! Devido a passagem desse trem, o trilho já estava quase ficando "brilhante" (esmerilhado aspecto de cromado) devido a passagem das locomotivas e vagões. Quem dera ficassem dali em diante cada vez mais brilhante, aspecto cromado, pois significaria que teria passagens frequentes de trens. Mas a realidade é trágica, só foi dessa vez. Após isso, houveram raras passagens de algumas locomotivas escoteiras, e até que parou tudo! Sim: TUDO! Depois de 5 anos, passou num prazo de 2 anos, 3 trens jogando veneno... mas hoje, faz mais de 1 ano que não passa nenhuma composição. Só inspeção... inspeção... inspeção... etc.

 

Bom, voltamos a viagem né... Logo depois da passagem desse trem, o mato tinha baixado. Então, Gilberto e eu resolvemos ir. Foram 2 horas e 30 minutos pedalando... De carro, vai em 20 minutos claro, mas o consumo de água é muito alto devido ao sol forte cada vez mais forte! Haja protetor solar e água, muita água! É incrível a sede que dá, eu fico imaginando tanto aqueles filtrinhos de água geladinha... hummmm... Oooo miragem! Saímos daqui eram 9:00 da manhã, chegamos lá umas 11:30. Comemos uns lanches que levamos, descansamos e voltamos. É um dos caminhos mais legais que tem. Digo isso devido a rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP 294) ir junto a ferrovia e dos locais altos que a ferrovia passa. Tem várias retas, e de Inúbia Paulista, cidade intermediária entre Lucélia e Osvaldo Cruz, até Osvaldo Cruz é uma descida... oba! Já na volta...

 

Em um certo local a linha do trem passa perto da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, a SP 294: só via gente olhando com espanto, e dizendo o que todos dizem: "Ué, duas bicicletas andando na linha do trem? Como eles conseguem se equilibrar?". Aí, vai nós explicar... Nó final só ouvimos um: "Ahhhhh bom, agora entendi...". Isso é o básico que todos dizem.

 

Tem ainda aqueles que querem dar uma volta, e claro, sempre permitimos, desde que não estamos atrasados ou com carga excessiva (água!). A maior similaridade da minha invenção com os trens de verdade é que nós também saímos e chegamos sempre atrasados do horário combinado! Raramente chegamos no horário previsto por nós... Tem muitos ainda que, ao falarmos: "Vamos dar uma volta? Senta aí na prancha de madeira e segura!" A pessoa nega, tem medo achando que vai descarrilar e, inacreditavelmente, até tombar! Enquanto não vêem alguém sentado andando, fica com medo e não anda...

 

Tem muitos e muitas, que em cinco minutos que paramos, já senta na prancha e diz: "Tio, dá uma volta comigo?" Tio pra cá, tio pra lá... E assim andamos com todos! Nem que for uns metros, devido ao cansaço extremo ajudado pelo sol.

 

Voltando a viagem, no caminho não há tantos insetos quanto daqui para Adamantina porque daqui de Lucélia para Osvaldo Cruz o mato estava um pouco menor e seco, devido ao caminho ter mais pedras dificulta o crescimento da "flora ferroviária". Há também um pequeno pontilhão que fica perto da rodovia, aí é que o povo fica intrigado mesmo ao ver bicicletas passando em cima de um pontilhão!!! É uma comédia para que vê e um prazer para nós por andar na linha...

 

Mais viagens pretendo fazer e para alguns lugares meio longe... Mas não muito, senão teremos que passar a noite na beira da linha.

BICILINHA 2 PESSOAL

Pronto! Parece estar tudo certo, mas a invenção tinha que passar por um "pente fino". Então, alguns dias depois, levantei cedo e fui para a cidade vizinha, Adamantina: se minha invenção fosse e voltasse sem cair do trilho, estava pronta para várias viagens sem que seja necessário regulagem alguma...

 

Então, fui daqui até a cidade vizinha com medo dela cair. O duro era o excesso de mato! Mas incrivelmente a Bicilinha 2 Pessoal, por ser mais alta e leve, vence o mato muito melhor que a Bicilinha!

 

Passar no altíssimo pontilhão daqui de Lucélia dá mais medo do que a Bicilinha. A linha do trem nas curvas inclina um pouco e o pontilhão daqui é bem em e uma curva. Aí já viu né: dá um medo.. Mas não cai não. Passei ali já muitas e muitas vezes tanto até que dei uma atenção especial ali por se tratar de um local perigoso, claro.

 

Vamos as viagens?

 

Com essa invenção, fui para as duas cidades vizinhas: Inúbia Paulista (sentido São Paulo) e Adamantina (sentido Panorama). E também fui para Osvaldo Cruz, que fica depois de Inúbia Paulista... Bom aqui entrarei em mais detalhes. E as fotos?! Durante a minha história aqui, verão poucas fotos... MASSSS todas as fotos mesmo da viagem, estão no menu FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL.

 

Mas peraiii!!! Não clica ali ainda não. Leia aqui como foi as viagens e contratempos primeiro, para entender o porquê de algumas fotos que coloquei lá (que quem ver e não ler, achará que não faz nenhum sentido...). Então, vamos lá?

 

 

> Viagem para a cidade de Adamantina

Indo sentido Panorama, Adamantina é a primeira cidade depois de Lucélia. Cerca de uns 7 km aproximadamente (via ferrovia de estação a estação, certo?Porque pela rodovia é mais perto...). Adamantina foi a primeira cidade a tentar ser conquistada pela Bicilinha 2 Pessoal e também para uma viagem teste da invenção pois qualquer emergência, tenho como recorrer a uma vicinal que une as duas cidades. Ali a situação é feia: a vegetação reeeeina!!! Então, se a minha  Bicilinha 2 Pessoal conseguir chegar lá sem cair ou der algum problema, passou no meu teste (e olha que sou nojento e exigente com minhas invenções!). Bom, o povo já tinha visto a Bicilinha, a primeira que fiz... Mas essa, a Bicilinha 2 Pessoal, é muito diferente, pois parece que estou comente com a bicicleta na linha me equilibrando...

 

Quem passa, fica olhando e deve pensar: "...eita #%$*%!!! Como o cara consegue equilibrar na linha?!". Realmente, as peças que adaptam na Bicilinha 2 Pessoal são pequenas e não muito visíveis de longe e principalmente porque o mato as tampa. Mas quem vê do outro lado, além de ver as bicicleta andando na linha do trem, ainda vê uma roda de carrinho de mão andando junto! É fácil decifrar o que elas pensam: "... mas que #@*%$# é essa?!". Sem contar que muitos ainda comentam que já viram a outra que 2 bicicletas... Mas essa de uma, nunca tinham visto.

 

Bom, isso sim porque era a primeira vez que eu estava saindo da cidade com a Bicilinha 2 Pessoal para uma "viagem-teste-a-prova-de-fogo"... Aí quem chegava perto, era pergunta atrás de pergunta: "... mas a roda traseira não cai?!" Eu respondia que não, apesar dali ser o maior desafio que conquistei... E, como na Bicilinha, eu gosto demais de conversar, explicar, etc...

Pois bem. No dia 03 de junho de 2010, beeeem cedo (foto lado direito), umas 6:30, eu já tinha deixado a invenção dentro de casa para no dia seguinte ser o mais rápido possível para ir para a ferrovia. Mesmo ainda ainda sem pintar fui para linha do trem. Ansioso? Imagina... Montei ela no mesmo local que monto e que sempre montei a Bicilinha. Não tinha ninguém, também, nesse horário que doido que ia colocar uma bicicleta na linha com uns troços adaptados e enfrentar o mato na linha do trem?! Só eu mesmo! Mas, gosto é gosto e vamos lá... Ah! Lembro que, todas as fotos aqui mostradas em AVENTURAS estão em média/baixa resolução, mas todas poderão ser vistas em melhor resolução em FOTOS E VÍDEOS, certo?

 

Continuando, depois de montada a invenção, empurrei ela para conferir a leveza da coisa... Era leve subida (sentido estação de Lucélia). Logo que empurrei e ela parou, de tão leve, ela começou a descer sozinha. Isso, aumentou mais a vontade de sentar no banco e ir sumir com ela na ferrovia!

 

Como era época de copa do mundo, amarrei uma bandeirinha do Brasil na garupa, embora não adiantou muito para o Brasil porque ele perdeu!!!

 

Claro que toda primeira viagem de longa duração ficamos sempre com medo de acontecer algo... Mas como era de manhã, eu tinha até 12:00 para estar em casa (alvará da esposa.... Brincadeira...). Então, com tempo de sobra levei a câmera para fazer as primeiras fotos da primeira "viagem-teste-a-prova...etc" da invenção. Subi na minha criação e comecei a pedalar.

 

O mais legal era saber que, eu não ia subir na bicicleta e depois de 1 km, ia virar ela e voltar e ficar fazendo esse pequeno trajeto, mas o legal era saber que eu ia rodar bastante nesse dia!!! Saí um pouco depois do KM 605.

Nos testes que eu fiz, descritos em "A INVENÇÃO > BICILINHA 2 PESSOAL", percebi que a roda guia era muito leve. Até aí tudo bem...

Mas dependendo do tipo de matagal na linha, ela poderia subir e desgovernar a bicicleta. Então, levei um tarugo de ferro para amarrar perto da roda guia. Amarrei ele no braço oscilante para dar mais peso à roda guia...

Logo de manhã, eu pronto para ir a cidade vizinha: Será que a invenção também está pronta para encarar a nossa malha ferroviária "abandonada?"

 

 

Trilho molhado do orvalho: uma situação que eu não esperava! Ou passa, ou cai! Mas a invenção se sobressaiu 100%!

Bom, antes de ir para a cidade vizinha, fui perto da estação da minha cidade e claro, atravessando o temido pontilhão (temido no começo, porque hoje é mais sossegado...). Após passar por ele, virei a invenção e vamos para Adamantina... AEEEE!!!

 

Passei novamente pelo pontilhão... Após andar um pouco, passando do local onde montei, há uma passagem de nível que significa: terra na linha! Bom, se fosse com a primeira Bicilinha, dependendo, eu ia ter que parar, e limpar com a enxada. Mas, como desenhei a Bicilinha 2 Pessoal para enfrentar esses desafios sem que eu tivesse que limpar, passei devagar e ela passou! Opa! O braço articulado levantou acompanhando a terra e os pneus passaram normalmente, inclusive o do outro trilho! Legal!!! Após essa passagem de nível, é uma leve subida que quase não é possível notar devido a essa minha invenção,ser leve demaaaaaaaaais!!!

 

Já nessa subida... mato!!! Alto, verde e forte, para variar... Mas graças ao design da invenção (óia!), ela abre o mato e retira a maior parte do caminho. Não é que ela passa por cima, mas abre caminho em meio a ele. Eu tinha certeza que o pneu ia subir no excesso de mato na linha e ia escorregar (coisa normal nessas condições pelo menos na minha primeira Bicilinha...). Logo cheguei a uma parte bem limpa na divisa de territórios de Lucélia com Adamantina, aí desenvolvi uma boa velocidade e eu já estava perto do KM 610.

 

O sol estava começando a ficar forte mas estava fresco e sinceramente, eu não estava com calor. Não tive outra opção senão para e tirar uma foto da minha criação, a Bicilinha 2 Pessoal, contra o sol demarcando a silhueta do "trem"... (foto abaixo, lado esquerdo)

 

 

 

 

 

 

O sol nascendo... O tempo clima esquentando e eu na linha... Compensou parar para tirar essa foto!

No meio do trajeto, comecei a me deparar com um pequeno "item" que eu não tinha previsto: o orvalho sobre o trilho! Ixiiiiiiii!!! Fiquei preocupado: "...será que o pneu vai escorregar?!" Hum... fiquei com medo, mas, tinha muito tempo e a viagem era para esse fim: testar a invenção ao limite, pois ali o mato é muito denso. Na foto acima, do lado direito, é possível ver o rodeiro (parte de cima do trilho) molhado.

 

Era incrível o tanto orvalho que formava pequenas poças sobre o trilho. Mas vamos ver como é: ou passa, ou cai: logo comecei a passar por cima com velocidade super ultra reduzida, afinal não sabia o que ia acontecer: ferro + borracha + água = derrapagem e escorregão.  Mas logo, eu já estava em velocidade normal pois nada aconteceu: o pneu não escorregou em curvas e não caiu do trilho! AEEEEEEEEEEE!!! Mais um desafio superado (esse eu não contava que ia enfrentar!) e o mais legal que percebi é que a Bicilinha 2 Pessoal fica muuuuito mais leve com o trilho molhado!!!

 

É impressionante como desliza muito mais com o trilho molhado!!! MASSSS... Tudo que desenvolve mais velocidade se for para parar, exige mais freio... E mais freio, dependendo da ocasião, fica beeem mais fácil de travar as rodas com o trilho molhado e fazendo o mesmo escorregar. Então, vou na velocidade normal, pois cada metro da ferrovia é uma surpresa pois muitos "porcos" que se dizem "seres humanos" acham que a linha do trem é lixão...

 

Logo mais a frente, no início da última curva para pegar uma subida reta para chegar a estação de Adamantina... terra na linha! Como a anos tinha chovido demais, caiu terra sobre a linha! De onício era muita terra! Até que o povo da ferrovia deu uma limpada de maneira que permitia passar um veículo ferroviário pois estava para vir inspação da ANTT... Mesmo despoi que limparam, devido a mais chuvas, caiu um pouco de terra sobre um dos trilhos! Não era muita coisa, mas se fosse a outra Bicilinha, teria que parar, pegar a enxada... Limpar e depois passar. Mas e essa? Como o braço é articulável, será que passa?

Vamos tentar bem devagar... AEEEE!!! E não é que passou ileso?! A foto do lado direito revela o tanto de terra que havia sobre um dos trilhos... Pela foto parece pouca terra, mas não era.

 

O legal é que, não perdi tempo em pegar a enxada e limpar isso aí. Fui devagar tentando "advinhar" onde o trilho estava sobre a terra... Aí quando acabou a terra, a roda guia encaixou certinho!!! Minha mira foi boa...

 

Taí um motivo de eu ter desenvolvido essa Bicilinha mais leve, pois ela enfrenta quase tudo: mato, terra, chuva (isso mesmo, ja andei em meio a um temporal saindo de Osvaldo Cruz! Na história da viagem para Osvaldo Cruz eu relato... e tem várias fotos também... Esta está descrita logo abaixo dessa viagem para Adamantina).

 

Não vou negar: achei que até esse ponto eu ia ter que descer e levantar a invenção para poder passar... Mas felizmente, não precisou: ela encarou tranquilamente.

Seguindo em frente, passei embaixo do pontilhão da vicinal que une as cidades e aí é uma curva e descida...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A chuva de uns dias antes fez encobrir um dos trilhos... Mas isso não foi empecilho para eu não chegar a cidade vizinha!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após a enorme curva descendo há uma passagem de nível e depois, só subida... e mato! Fácil de vencer, mas faz os trilhos desaparecerem... Isso dá um certo mesmo.

Aproximadamente no meio dessa curva, situa-se o KM 611. Aqui, nessa curva, a vegetação não é tão fechada mas todo cuidado é pouco: como era a primeira vez que eu estava passando, então não sabia o que a ferrovia tinha a oferecer.

 

Do lado esquerdo, uma foto do final da curva que desce seguida de uma enorme reta até a estação ferroviária que continha até a saída da cidade.

 

Terminando essa descida em curva, há uma passagem de nível e logo, inicia-se uma loooonga reta e subida até a estação de Adamantina!

 

Ali bem no início da subida o mato começa a ficar mais denso, no KM 612... Mas sorte que é um mato fino que não segura muito a invenção não e incrivelmente mesmo sendo subida e com mato, é possível subir ali bem rápido.

 

Logo um pouco mais a frente do KM 612, há um enorme e antigo sinaleiro que funcionava na época dos trens de passageiros. Esse sinaleiro, é o que eu subi e tirei foto quando fui com a primeira Bicilinha em minha primeira viagem com ela. Mas dessa vez, não subi nele mas sim em outro, depois da estação, na qual eu detalharei mais adiante.

 

Voltando ao matagal da subida, um "sexto sentido" sempre fala para não confiar muito nos trilhos escondidos no meio do mato, pode ter obstáculos ali! Então, vou na velocidade baixa mesmo e com segurança.

O duro é que, mesmo o mato sendo fino, não era possível nem ver o trilho. É muito assustador andar onde pode ver: você sabe que tem trilho ali, mas não vê... E mesmo assim continua andando mas sabendo que está sobre ele... eita! Só andando mesmo para saber... Adrenalina sobe! Já perto da estação, quase no meio dessa enorme subida é possível ver umas casas e um pequeno pontilhão aparece... Nesse dia, daí para frente, estava tudo limpinho! Nos dias de hoje (março/2012) está horrível! Tanto que faz 1 mês que não vou mais para a cidade vizinha...

 

Ao adentrar o pátio de Adamantina, já uma chave travada (AMV: aparelho de mudança de via, ou na época de criança falava: cruzadilha). No patio dali tem 3 vias, contando com a via principal que usa trilho TR 45 (45kg / metro). Já nas outras vias, usa o TR 37 (37km / metro). Já antei no TR 37 também, e a invenção não caiu. Mas na via principal, saindo de Adamantina sentido Flórida Paulista, o trilho muda de TR45 para TR37. Creio que isso também dificulta o tráfego de locomotivas mais pesadas até Panorama como as C-30... Então teriam que, ou substituir tudo por TR45 ou trazer de locomotiva U-20-C até Adamantina e dali para o porto de Santos, as C-30 puxarem... mas isso é outro assunto (na qual eu adoro! ehehehehe).

 

Bem no ínício do patio de Adamantina, aí fica reto... Depois as 3 vias passa por um pontilhão com corrimão.... e por fim, chegamos a estação de Adamantina!!! Viva!!! E minha invenção NÃO caiu!!! AEEEE!!!

 

A foto aqui, do lado direito mostra a Bicilinha 2 Pessoal na estação de Adamantina. Limpinho né? Pena que não fica assim por muito tempo! É complicado...

 

Bom... mas e aí? Parei... Gritei "VIVA!" e voltei? Não!!! Como tinha tempo se sobra para vencer meu alvará, fui atéééé lá na frente, até a última passagem de nível pavimentada da cidade. E vamos lá!!! Saindo da estação, há um viaduto na qual carros e pedestres passam por cima das 3 vias e mais a frente, um galpão enorme que era usado para carregamento de vagões.

Objetivo alcançado: cheguei até a cidade vizinha sem problemas. Não vamos voltar ainda não... Vamos atravessar a cidade.

Hoje (março/2012), mesmo em situação precárias, está em uso mas não pela ferrovia, mas por particulares.

 

No começo desse galpão, há outra chave unindo as 2 na via principal e dali para frente a vegetação é feia, mas nessa época estava baixa possibilitando eu ir atééééé lá na frente.

 

Que saudade: no meio dessa reta, uma placa de 50 km/h marca a velocidade dali em diante. Mais a frente, um poste feito de trilho que tinha função de sinaleiro para os trem de passageiros... Neste sim eu subi e tirei várias fotos. Uma delas está aqui, ao lado esquerdo. Não parece, mas é alto demais sem contar que o sinaleiro balança muito!

 

Ao fundo, bem pequena, é possível ver minha invenção a Bicilinha 2 Pessoal me esperando para continuarmos a jornada-teste. Daí para frente, 1 km aproximadamente chegaremos ao final da viagem.

 

Depois, desci e vamos continuar até a passagem de nível pavimentada... Até que daí até onde virei a invenção estava limpo em vista de hoje (março/2012). O motivo de estar limpo, é que tem muitas pedras nesse pequeno trecho que impede que a vegetação nasça.

 

Estamos chegando ao fim da viagem... Bom, ao fim da viagem de ida, porque ainda tem a volta... AEEEEE!!

 

Após 2 horas e 33 minutos cheguei ao meu destino. EITA, mas peraeeee!!! Para andar coisa de 7 km levar tudo isso? Tipo... sim. Bom... Mas parei muito para tirar várias e várias fotos, filmagens... etc., que estas estão disponíveis em FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL,  por isso que demorou.

 

Mas teve uma vez que fui para lá que, de onde eu monto até a chave da entrada do pátio de Adamantina, levei 19 minutos e 45 segundos!!! Isso indo correndo, sem obstáculo sem nada! Mas só fui essa vez para poder ver o tempo que levava. Hoje em dia, quando vou andar, não quero chegar rápido e sim curtir a invenção e a paisagem que é totalmente diferente daquela que vemos pela rodovia...

 

 

 Após a enorme curva descendo há uma passagem de nível e depois, só subida... e mato! Fácil de vencer, mas faz os trilhos desaparecerem... Isso dá um certo mesmo.

Cheguei! Ufa! Após chegar, graças a Deus, tirei várias fotos para guardar de lembrança e um dia colocar aqui no site das Bicilinhas...

 

Logo que desci da bicicleta, verifiquei todos os apertos dos parafusos, olhei os possíveis jogos nas peças móveis, rolamentos, pressão dos pneus (também se tivessem murchos não ia adiantar nada pois não tinha levado bomba! Eita $#@*%!!!

 

Fique ali um tempo, analisando mais as peças móveis da invenção para localizar possíveis desgastes prematuros, que graças a Deus não teve nenhum e incrivelmente até hoje não tem. E olha que rodei mais de 500 km com ela!!! Isso mesmo: 500 km!!! Bom, vou especificar mais nas outras viagens que fiz para Inúbia e Osvaldo Cruz...

 

Para Adamantina acho que fui umas 30 X ou mais. Isso: TRINTA VEZES!!! Sem contar que cada vez que eu monto sentido Adamantina, bem mais para frente da divisa de Lucélia - Inúbia Paulista e depois vou para Adamantina. Só nesse dia aqui que não fui para os lados de Inúbia Paulista pois estava testando a invenção e em caso de alguma emergência, a vicinal estaria do lado, como já disse lááááá em cima.

 

 

Última passagem de nível pavimentada de Adamantina sentido Flórida Paulista. Agora é só curtir a volta e corrigir possíveis problemas, se estes aparecerem...

Virada a invenção, verificado tudo é hora da segunda parte da aventura: A VOLTA! Sinceramente, quando eu desci dela, não queria verificar nada não: queria montar de novo e já voltar para poder andar o máximo possível no dia... E olha, eu andei: bem para frente de Lucélia, para frente do IBC de Lucélia para fazer um verdadeiro teste de velocidade... Bom mais para frente falarei sobre. Saindo da última chave, me deparo com um matagal feio... Hum... fiquei com medo se ia conseguir passar ou não. Então, fui indo devagar... até que foi, passou normal, sem queda... nada. Depois desse trecho feio a ferrovia ficou limpa, ufa! Perto de um sinaleiro antigo.

Então, após virar a invenção, vamos voltar para minha cidade: Lucélia. Após passar o trecho limpo, tive que enfrentar o matagal que já tinha passado perto da chave. Na foto do lado esquerdo, veja o matagal feio que estava na linha! O pior é que o mato estava todo virado contra mim pois quando passei, “deitei”ele para o sentido que eu estava indo,  aí no sentido contrário tive que deitar ele para o lado oposto! Coloquei na marcha leve e fui tranqüilo... até que não foi tão pesado assim.

Mais uma parada na estação para voltar para minha cidade. OBA! Saindo de Adamantina, agora tudo ao contrário: vou descer aquela reta enorme com aquele mato fino láááá no início dela. Opa... descida é uma beleza... Sorte que ali o mato é baixo então como a Bicilinha 2 Pessoal é alta, não chegou a deitar eles.

Desci e passei pela passagem de nível pavimentada,  parte mais baixa do sobe-desce da chegada em Adamantina. Vamos subir a curva? Nem precisei reduzir muito a marcha pois o trecho ali, na época estava limpo, como pode ser notado aqui na foto do lado direito.

Coloquei na coroa do meio e na catraca leve e fui tranqüilo... Sem pressa de chegar, só curtindo cada toc-toc toc-toc da roda passando nas emendas...

Não vou negar que as vezes sinto falta da barulheira que a primeira Bicilinha faz com suas 6 rodas de ferro sendo que essa outra criação minha, tinha apenas 1 de nylon!

 Cadê o trilho lá na frente? Incrivelmente, minha criação passou aí normalmente. Só colocar na marcha leve e ir devagar...

Uma enorme curva e subida... A única do trecho fora da cidade de Adamantina - Lucélia. Ainda bem que estava limpinho... Diferente de hoje (Março/2012).

Hoje ela possui duas rodas, a de nylon e outra de ferro... Mas isso detalharei em outra viagem, pois nessa, a de ferro não participou. Porque? A roda de ferro foi uma opção de segurança que inventei depois...

Pedalando... pedalando e venci a subida em curva. Fico imaginando ali os trens quando passavam... Nossa... acelerando a toda para não patinarem... Que saudade!

Logo a ferrovia fica plana, após passar o pontilhão na qual perto dali, havia terra na linha do trem. Agora, que irá passar na terra, não é mais a roda de nylon e os pneus da bicicleta e sim a roda do carrinho de mão. Passei devagar... Eu sabia que ia ser levemente empurrado de lado, e quanto mais alto o “morro”de terra sobre a linha, mais deslocado a bicicleta será para o lado direito.

Foi a primeira vez que passei em algo parecido e vi o que acontecia: tem que passar devagar mesmo. Correndo, é perigoso a “jogada de lado”ser forte o suficiente para, talvez, descarrilar alguns dos pneus da Bicilinha 2 Pessoal. Eu hein... não quero descobrir se esse “talvez” seja capaz ou não de fazer isso.

Ah... passando dali, só ferrovia limpa...

EEE delícia!!! Que paisagem... que horizonte!!!

Olha só a foto aqui do lado... Embora não seja possível ver muitos detalhes dessa visão, ao vivo, é demais! O que mais compensa as viagens que faço eu e Deus, é ver esses lugares remotos que são demais! Por isso que falo: nem sinto o sol... O protetor faz seu papel e eu o meu...

Bom, depois de algum tempo ali, olhando essas paisagens, vamos seguir pois tem trilho ainda (legal falar isso, pois sempre falamos “tem chão”).

Em uma outra leve e pequena descida, entre dois pequenos morros, poças de água acompanham o trilho.

Sempre eu torcendo: “Espero que nenhum dos pneus não caiam aqui...”, mas graças a Deus, nunca caíram ali.

Após uma reta, a última descida para chegar em Lucélia. Ixi... ali tem mato. Menos do que na ida, mas tem. Incrivelmente, tem vários lugares que, em um trilho tem muito mais vegetação do que em outro!

Mas o mato está seco então fica mais fácil de vencê-lo, ao contrário daquele de Adamantina que estava verde e forte, e deitado e o pior é que eu mesmo deitei ele! Mas valeu a pena.

 

EEEE visão!!! Sempre passo aqui em baixa velocidade para ficar admirando até onde a vista alcança: para mim, é um dos "prêmios" desse meu "brinquedão..."

Chegando em Lucélia, o trilho novamente some em meio ao matagal que se torna um combustível perfeito aliado ao sol super quente e o mato seco. Uma fagulha, destrói tudo isso, como revela a foto aqui do lado. Um perigo sempre presente...

 

 O mato não dá trégua: faltou pedra, ele sobe e toma conta. Até que vem alguém e roça ou o fogo detona. Mas depois não demora muito a nascerem de novo... É uma batalha perdida.

Passei a primeira passagem de nível não pavimentada chegando em Lucélia e vamos seguindo. Agora tudo limpo e sem mato... Uma leve subira em curva e chega o primeiro e super inclinado pontilhão daqui da minha cidade. Caminhão ou carreta nesse pontilhão  não tem chance!

Rapidamente, atravessei toda cidade passando pelo alto pontilhão, pela estação daqui e saí da cidade sentido Inúbia Paulista. Queria andar na parte limpa perto do antigo IBC daqui.

Ah... ali é um sonho! Ali quem reina não é o mato, mas sim as pedras. Uma reta enorme seguida de uma gigantesca curva à direita. Queria atravessar minha cidade para finalizar a grande aventura.

Repare na foto abaixo: é um convite para sumir nessa reta! E foi o que eu fiz! Fui até o início da tal gigantesca curva que ainda era uma parte limpíssima. Aí sim, parei... e virei minha invenção.

Mas... enquanto eu estava saindo dali, ia voltar todo esse trecho limpo então me passou pela cabeça: quantos km/h será que isso dá?

Bom... só testando né? Liguei a câmera no modo de filmagem, e com uma mão no guidão e outra segurando a camera, começei a pedalar cada vez mais rápido. Fui mudando as marchas gradativamente...

A velocidade foi subindo rapidamente e consegui chegar a 42,5 Km/h! Que medo! Que doidera! Parece pouca velocidade, mas se você pegar numa reta e tentar dar isso, não é muito fácil não. Ainda mais com as peças adaptadas na bicicleta...

Em FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL, na parte que fala da primeira viagem para Admantina tem esse vídeo no final... Que legal que foi.

Foi o máximo que dei nela até hoje, nunca mais tentei quebrar essa velocidade. Tanto porque, acho muito perigoso pois cada vez mais os dormentes ficam mais velhor podendo interferir na bitola sem contar que se os parafusos das emendas dos trilhos forem cortado pela força da dilatação, eles abrem ficando um "vão" entre um e outro trilho.

Aí se a roda guia cair ali, é extremamente perigoso! Mas para que correr? O legal é curtir a paisagem, a invenção e a viagem... É que nesse dia aí simplesmente quis fazer esse teste, que por sorte, consegui registrar e colocar aqui. Depois vá no menu que disse acima, veja as fotos e o vídeo. Esse vídeo que está lá foi para fechar a viagem: foi muito legal!

Continuando para o final da jornada... Depois de dar essa velocidade ultra-sônica (eita!), voltei em direção ao local onde eu tinha saído de manhã, local onde desmontaria a Bicilinha 2 Pessoal e ia voltar para casa muito contente pela sucesso da minha criação.

 

 

 Aqui é demais: como bastante pedra, o mato não tem vez. Mesmo com muitos dormentes faltando, os trilhos, até então, não perderam a bitola (distância entre si)

 

 

pontilhão que o trem passava (ou ainda passará?!) chegando em Lucélia vindo de Inúbia Paulista... Nesse dia estava até limpo ao contrário de hoje (março/2012) está uma porquice: sofá, bicho morto, entulho, vaca solta, porcos soltos... uma maravilha!!!

Dessa reta aí em cima limpinha para trás, sentido que eu ia desmontar, é uma curva para direita e descida... O legal é olhar nos trilhos e ver que ambos estão um pouco comidos devido as patinadas das locomotivas quando saíam da estação de Lucélia sentido Inúbia Paulista. É possível sentir essas pequenas "covas" quando passo com a roda de nylon e de ferro (essa roda de ferro, detalharei mais na viagem para Osvaldo Cruz...).

Descendo e virando, passa por baixo de um pontilhão da rua Jacinto Martinez (para entrar e sair de Lucélia tem que passar por baixo de pontilhão, e inclinado os bichos viu!), como é possível ver na foto aqui do lado direito (ó minha cara de contente!). Logo, chegamos em uma reta plana que esta chega na estação daqui de Lucélia. E o mato nessa parte? bom hoje (março/2012) encontra-se com um porre de mato, mas baixo... Ainda possibilita as minhas andadas na linha. Já embaixo desse pontilhão que disse aí tem de tudo: sofá, bicho morto, vaca solta, porco, etc., uma verdadeira zona!

Seguindo a viagem, ou melhor, chegando ao fim da viagem, parei na estação de Lucélia para umas fotos, como essa aqui a direita. Então, segui em frente... Ainda na reta da estação, passo por baixo do pontilhão da rua Padre Antonio Ribeiro Pinto e começa outra leve descida curvando para a esquerda. Saindo dali, há uma passagem de nível pavimentada da rua Zefferino Ferreira Veloso... ÊÊÊÊ saudade: antigamente ali tinha uma cancela elétrica. Eu pedida direto para a mulher que trabalhava em casa me legar ali para ver o trem passar, pois eu era pequeno... Que saudade dessas cancelas... o barulho do sino... tim tim tim tim tim... e a cancela baixando... Nossa... Meu Deus, o que fizeram com nossas ferrovias?! Malditos políticos gananciosos!!! Um dia ainda pagam...

Voltando ao fim da viagem, atravessando essa passagem de nível continua descendo e curvando até alto pontilhão daqui. Ah... ali no pontilhão da Av. Brasil, eu reduzo beeem a velocidade... Sou louco, mas não burro: não abuso da sorte pois sei que, mesmo a invenção não apresentando nenhum problema daqui até a cidade vizinha (e olha que tem desafios hein!), tudo pode acontecer em qualquer lugar e a qualquer momento: quebrar um eixo da bicicleta, murchar o pneu em caso de rasgo na câmara, sei lá... Passei ele tranquilo e devagar, contemplando o horizonte dali avistado: que visão...

Passado o pontilhão, ainda curvando e descendo levemente, passo por cima

 

 

Claro que não poderia deixar de registrar a minha invenção, a Bicilinha 2 Pessoal, na estação da minha querida cidade, Lucélia! Olha que limpinho! Se todo trecho fosse assim... 

Passado o pontilhão, ainda curvando e descendo levemente, passo por cima Após essa pequena reta, passa por baixo do pontilhão super-hiper inclinado da Av. Renno (aquele que eu já comentei quando saí...), mas antes que eu passe por ela, uns 20 metros antes, é o local que acaba a minha aventura pois é ali que desmonto a invenção e vou para casa...

A foto a direita, mostra o tal pontilhão inclinado perto do local onde desmonto a invenção.

Láaaa ao fundo, bem pequeno, é possível ver o lado da subida esquerda do pontilhão. Pela foto não é possível ver, mas o bicho é super inclinado! Nem sei se as auto escolas se atrevem pedir para seus alunos fazerem rampa ali...

Esse mesmo que eu falei na ida que carreta não passa. Bom passar até passa mas desmorona tudo! Então, como ninguém quer perder seu veículo, ninguém se atreve passar...

 

Está chegando o fim da viagem... de hoje! Pois muitas outras virão! Agora que está tudo pronto, só buscar melhorias, ajustar caso seja necessário e curtir o que ainda resta da nossa malha Paulista!

de outro pontilhão mas esse beeem menor e mais baixo da rua Amélio Cavalaro... Aí a ferrovia pára de descer e acaba a curva iniciando uma pequena reta. 

Era 11:38 quando parei ali e desmontei tudo. É hora de voltar para casa e rever as fotos e vídeos. MAS CADÊ OS VÍDEOS SENDO QUE AQUI SÓ TEM FOTOS?! Estão na íntegra da viagem!!! AEEEEEE!!! Mas ó... No menu aí do lado, FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL, tem as fotos e os vídeos na íntegra da minha viagem para Adamantina além de todas essas fotos aqui e muuuuuuito mais e com um pouco mais de resolução (não posso exagerar na resolução, porque meu plano no provedor hospedeiro é limitado sem contar que o site tem bastante foto e a tendência é só aumentar...).

Chegando em casa, fiz essa última foto a esquerda...

Valeu a viagem! A invenção está intacta! Verifiquei possíveis jogos nas rodas tanto da bicicleta quando as da minha invenção e tudo OK. Pronto para outra!

Agora, só pensar em melhoria e segurança pois essa última, nunca é demais!

Valeu demais a pena, todos os dias que perdi horas tentando fazer a bicicleta ficar quieta em cima da linha do trem, sem cair os pneus! Enfrentar o sol quente (que na viagem toda nem percebi, pois é muuuito legal andar na Bicilinha 2 Pessoal). Na verdade não perdi horas, pois achei a solução: ganhei horas descobrindo o problema...

É... infelizmente, viagem para Adamantina termina por aqui... Mas tem outras viagens: para Inúbia Paulista (primeira cidade vizinha, sentido São Paulo) e Osvaldo Cruz (cidade depois de Inúbia Paulista) que ali... Ah... ali foram aventuras também hein!

Claro que não poderia deixar de registrar a minha invenção, a Bicilinha 2 Pessoal, na estação da minha querida cidade, Lucélia! Olha que limpinho! Se todo trecho fosse assim...

 

Peguei um temporal saindo de Osvaldo Cruz... Quase caguei nas calças, aliás, no "shorte" com medo de cair um raio na linha! Mas Graças a Deus, a Virgem Maria e a meu Anjo da Guarda, tudo correu ótimamente bem! Mas, detalharei tudo isso com algumas fotos, como aqui, na viagem para Inúbia e Osvaldo Cruz... Só lembrando que em FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL tudo na íntegra das viagens pois lá, tem mais fotos do que história...

 

Obrigado pela paciência de ler tudo isso! E mais obrigado ainda se for ler todo o resto aqui aqui embaixo (nem que seja outro dia, porque tem coisa pra pega!) .

> Viagem para a cidade de Inúbia Paulista e Osvaldo Cruz

Pronto para outra história? Essa é o dobro da outra! Opa... senta e vamos lê!!! Como incentivo, lembra que depois tem as fotos (e tem foto hein!).

Bom, para iniciar a história dessas viagens, primeiro vou relatar algumas mudanças e acontecimentos na invenção.

Estava eu fazendo mais viagens com a Bicilinha 2 Pessoal para a cidade de Adamantina e percebi em que curvas beeeem acentuadas, o pneu traseiro ficava bem no canto do trilho, embora não caía. Eu até vi isso quando fui para Adamantina, mas ele não caía então, naquele momento, deixei quieto e não considerei um problema. Até agora, não é um problema mas estou pensando nos "ses": "...e se ele cai do trilho comigo em média velocidade? Até parar" ou; "...e se ele cai do trilho no pontilhão?" ou; "...e se ele cai e com o meu peso ele, sei lá, fura?!" É... eu estava com medo. Bom... para prevenir todos os "e se isso... e se aquilo", coloquei 2 pneus largos, o mais largo e liso que achei por aqui.

Ah... aí sim, cobriu mais parte do trilho do que com aquele outro pneu com cravos. Resultado: além de andar mais, fiquei mais tranquilo em minha viagens.

Mas... Mais largo significa maior atrito e maior atrito pode ser que espinhos ou coisas que os porcos jogam na ferrovia venham a furar o pneu. Bom esse é um risco que eu tinha que correr, mas como já tinha desenvolvido o "abre mato" ou "limpa trilho" fiquei mais tranquilo. Sem contar que, algo para chegar ao pneu traseiro o que mais leva peso, tem que passar por uma roda de nylon, uma de ferro, pneu da frente só para depois passar o de trás.

Chegou uma época que eu não vencia arrumar pneu furado! Espinhos?! Não. Pregos? Não. Então...?! O próprio aro estava furando! Aí desmontei o pneu, e lixei ele por dentro e passei várias camadas de fita isolante! Aí parou a "furação" de pneu. Vira e mexe, aparece um furinho sem uma origem certa... Mas se isso for o preço da diversão, como eu mesmo sei arrumar e arrumo, é barato.

Outra mudança que fiz, que é mais um incremento, foi quando percebi que, nas emendas, a bendita rodinha de nylon pulava e quando ela pulava e "ficava no ar". Aí o guidão ficava solto para qualquer lado até que ela descesse e "encaixasse" de novo na linha com seus frisos. Aí, como eu não esperava isso e não estava com as mãos segurando firmes no guidão, o pneu caía do trilho e este raspava beeem na rosca dos parafusos das emendas dos trilhos (êêê sorte!).  ÊÊÊÊ $#*%&*$!!! O pneu como a câmara rasgava e murchava na hora!

Bomba de pneu eu tinha mas rasgo, não tem como... Remendo, aí eu não tinha na época. Hoje eu carrego tudo isso.

Mas claro que se eu tivesse mais devagar isso seria evitado! Mas meu, a ferrovia limpinha era um convite para dar uma aceleradinha... Ainda mais se o vento tivesse a favor! Mas tudo bem. Depois 3 pneus e 3 câmaras de ar... BOSTA, digo, BASTA!!!

Aí pensei em colocar mais peso sobre a roda de nylon... Mas já tinha um tarugo de ferro ali, como descrevi na viagem para Adamantina! Então, mais peso não era uma opção... E se eu colocasse uma outra roda? E de ferro? AEEEEE!!! Então, desenhei e projetei a roda (nada em computador, caneta e régua e medidas minuciosas). Levantei custo e fui atrás da peça: um tarugão de ferro maciço para tornear! O serviço de torno quase me quebrou as pernas, mas tudo bem, eu sabia que ia valer a pena (e realmente valeu e vale ainda hoje!!!)

Então depois de torneado do meu jeito secreto (ehehehehe), removi a roda de nylon e coloquei a de ferro. Bom... Resolveu parcialmente o problema: enfrentou muito melhor o mato caído sobre o trilho, pois era mais pesada. E não era qualquer obstaculozinho que fazia ela pular. Mas mesmo assim, ela pulava!!! Diminuí o problema mas não eliminei ele. Aí eu ainda querendo eliminar de vez esse problema, aí quem apareceu? Um novo problemaaaaa!!! Viva!!! O problema era o desgaste em certas partes do trilho!!! Em locais que o desgaste do trilho era demasiado, aumentava quase 1,5 cm da parte de cima do trilho (rodeiro) e isso estava fazendo com que ou a roda de ferro subisse no trilho ou até travasse.

Ixi... ferrô! Ferrô nada! Vamos lá! Vamos resolver esse problema também ué! Então, removi a roda e levei ao torneiro para abrir mais um pouco e aumentei um pouco mais o grau de inclinação interno dos frisos, para quando vier algum obstáculo ele não travar mas pelo menos, subir: antes cair do trilho do que capotar!

Bom, as mudanças que pedi foram feitas minuciosamente sob minha "direção" (hidráulica ainda... ehehehehe). Aí coloquei a peça de novo no lugar e fui para a linha testar. Masssssssssssss aí a roda ficou muito aberta!!! Ou seja, as folgas, em certas partes do trilho, ficaram demasiada... ferrou! Já tinha torneado então, já era! Encher com solda? Nem pensar... Aí tive uma idéia boa: Se eu cortar a roda ao meio e fazer 3 furos e regular com arruelas?! No meio assim, a parte que rola to trilho... No corte, o bedame já perde 4 mm ou seja, ia ficar apertado de novo MAS aí eu coloco arruelas para regular: meu.... deu certinho!!! Aí achei um meio termo entre a parte mais desgastada da menos desgastada.

Saí de onde monto com 2 arruelas em cada eixo e fui andando em direção a estação ferroviária daqui. Passei por 2 pontilhões... Uma super curva... Nada de cair, tudo certinho. Aí como não estava caindo e a folga achei até demasiada, porém rodando legal. Chegando na estação daqui, resolvi retirar 1 arruela de cada eixo e montei a roda. Ficou tão bom que está assim até hoje! Nunca mais mexi. Opa... mais um problema extinto.

Resolvido esse problema do desgaste em certas partes do trilho, me voltei ao outro problema da "pulação" da roda de ferro. Então pensei, pensei e tomei uma medida drástica: "Vou colocar também a outra roda de nylon que estava parada!!! Aí ficará as duas rodas, a ferro e a de nylon, não necessariamente nessa ordem..." Então, fiz dois braços adicionais e coloquei no eixo da roda existente.

Agora sim! Aqui a foto de como ficou o "trem". Ficou muito legal e muitíssimo mais seguro. Até hoje, ambas rodas permanecem como estão, pois ficou 200%!

Como mostra aqui na foto ao lado, na ponta desses braços adicionais, coloquei a roda de nylon que estava em guardada. Aí ficou primeiro a roda de nylon e em seguida, a de ferro, ou seja, a de nylon ficou na frente da de ferro. Mas porque essa "revolução" de colocar 2 rodas? Simples e funcional: se eu passo em algum obstáculo, enquanto a da frente estiver no ar (pulando, voando... que seja) a de trás estará no trilho, guiando tudo. Aí quando o obstáculo chegar na de ferro, e esta pular, a de nylon já estará de volta nos trilhos graças a nossa amiga (nem sempre amiga...) gravidade!!!

Pensado, executado, testado e feito: o negócio funcionou!!! Bom, claro que em mais alta velocidade, enquanto a roda de nylon da frente estiver "voando" e o obstáculo chegar na de traz, esta também "levantará vôo" e dependendo da velocidade, a da frente ainda não estará no trilho ocasionando no mesmo problema dito acima: o guidão ficará livre, sem direção.

Não é bem sem direção porque estarei com as mãos nele, mas quando se está em velocidade, imagine guiar a bicicleta em uma margem de 7 cm (largura do trilho) e sem esperar que isso vai acontecer?! A foto abaixo mostra a visão que tem quando olhando por cima das rodas: repare que na roda de ferro tem uma "linha" no meio. Esse é o corte dela que foi feito para regulagem milimétrica da abertura da mesma...

 

 

 

 Esta é a vista das rodas por cima. Os dois "limpa trilhos", a frente das rodas, são para desviar o mato: se a primeira não desviar direito, tem o segundo. Devido a banda de rolagem das rodas serem de pequeno diâmetri, a velocidade que elas giram, é extremamente alta!

Qualquer movimento mínimo já leva você para fora e no desespero, podemos fazer movimentos equivocados levando na descida dos trilhos, para falar mais "suave"... Se é que foi entendível (sim, essa palavra existe) para entender tudo que tentei explicar aí...

Mas mesmo com esse possibilidade digamos, remota, eu estava tranquilo pois eu não ia andar correndo, embora a ferrovia quase plana e limpinha (as vezes...) convida a correr... E mesmo com as duas rodas, nylon e ferro, eu alcanço facilmente 40 km/h mas não trafego a essa velocidade porque é como eu disse na viagem para Adamantina: o legal é curtir cada metro da ferrovia e suas paisagens e não tentar quebrar a barreira do som (EITAAAAA!!!) bom um pouco menos né... Depois de colocado a roda adicional, acabou a "caição" e "rasgamento" de pneu. Problema resolvido.

Bom, agora, resolvido o problema... A invenção não apresentou mais problema algum! Hoje ainda ando com ela do jeito que está nas fotos que estão neste site. A única manutenção que faço é engraxar rolamentos, conferir/retirar jogos e pintar ela. Só.

Na realidade eu nunca fiquei na mão nem com a Bicilinha 2 Pessoal e nem com a Bicilinha por causa de problemas com a invenção... Na Bicilinha já estourei 3 catracas e 1 corrente. Os problemas que acontecem (quando acontecem) é só na bicicleta.

Já na Bicilinha 2 Pessoal, as peças dela NUNCA me deixaram na mão. Tudo sempre correu ótimamente bem.... Graças a Deus, a Virgem Maria e a meu Anjo da Guarda!!!

Agora vamos para Inúbia e Osvaldo Cruz?

Hoje é dia, 07 de Setembro (Viva a Independência do Brasil!!!) e voltei a continuar o texto para o site. Mas porque todo esse tempo parado? É complicado dedicar o tempo disponível (aquele que você coça as partes íntimas...) para sentar a frente do pc (ou note...) e "reviver" a viagem para poder descrevê-la... Eu gosto de relembrar cada momento para poder colocar aqui, pois cada foto tem sua história. Ah... mas deixando de conversa, agora sim, vamos para Osvaldo Cruz?

Opaaaaaa... Foi bem no dia 12 de fevereiro de 2012. Mas, seguinte... Essa NÃO foi a primeira viagem para Osvaldo Cruz. "Poxa!!! ÊÊÊÊÊÊ #%*#!!!! Mas porque não fotografo a primeira viagem?!" Pelos seguintes motivos: eu ainda não conhecia o trecho então teria que ir devagar pois poderia ter terra e várias outras coisas no trilho.

 

Outro motivo  é que, a linha do trem passa por uns locais que eu não sabia se era perigoso afinal eu ia estar com uma maquina digital. A máquina não era tão cara, era uma canonzinha A570is e graças a ela que posso postar estas fotos aqui. Então para mim, é uma ótima camera (e é mesmo pois tem alguns recursos encontrados somente nas semi-prifissionais como tempo de abertura do obturador e entrada de luz...). Foi a câmera que mais viajou comigo pela linha e a estima, não tem preço... E também pelo motivo de, e se eu levo camera e não consigo chegar lá?! Afinal eu nunca tinha ido tão longe (só com a primeira Bicilinha e a quase meio ano atrás...) aí ficaria chato né? Vou naquela "sede" de fotografar tudo até o destino desejado e, depois, não conseguiria chegar... Mas felizmente, na primeira viagem que fiz sem camera digital, consegui chegar tranquilo. Não nego que fiquei com medo no caminha, pois tinha local que o mato estava feio, e até dessa vez que fui que levei a camera e contarei aqui, alguns locais a vegetação dominava... Mas, bem devagarinho, consegui passar.

Depois de eu ir pela primeira vez e ver que o caminho estava bom, no dia 12 do ano de 2012, em um domingo de manhã, saquei meu "óclão" de sol que tapa quase a cara toda (tem motivo para isso, mais a frente eu falo), peguei também minha canonzinha e caí de manhãzinha na ferrovia (que qualé "inha... inha" o que!).

Como Osvaldo Cruz não é muito perto para se aventurar com a minha criação (cerca de 18 km) dentro de Lucélia e no local que eu montei, não tirei fotos... Mas tenho fotos daqui de dentro de outras viagens e postarei aqui. Quando fui para lá, saí meio que rápido, pois sabia que era até longe e não podia perder tempo. Cada foto que tiro sem estar na Bicilinha 2 Pessoa, paro por cerca de 20 segundos até retomar a velocidade normal de 12 -15 km/h. "Ué, não anda mais rápido isso não?" Com certeza sim, dei até 42,5 km/h nele. Mas, a intenção da viagem é curtir a paisagem e não querer ir "correndo" como descrevi na viagem para Adamantina.

 Um dos motivos que adoro andar na linha e ver essas graciosas aves logo no início da viagem. Nesse dia, consegui pegar essa antes que voasse. Linda!

Já fui meio esperto pois sabia que naquele local sempre tem essas Corujas: fui com a câmera na mão e antes que voasse, consegui tirar essa foto.

Saindo de Lucélia, na primeira rampa após o pontilhão depois da estação sentido Inúbia Paulista, havia buracos de coruja ao lado da linha, aves na qual sou apaixonado!

Aí, claro que a foto para abrir a sequência seria delas! Já teve vezes de eu ver até 4 a 5 corujas nesse local, mas hoje em dia (setembro/2012), qundo ando, raramente vejo alguma ali. E quando vejo, é somente uma... É uma graça ver elas lá no fundo do buraco nos olhando e, de repente, ela se vira e vai para dentro do buraco.

Pena que nunca da tempo de focalizar e tirar uma foto, pois são muito ariscas.

Nesse dia consegui, até que voassem dali, consegui pegar a foto dessas duas! Por sorte, tirei a foto em 7 megapixels e não precisei de aplicar zoom.

Como a foto foi em alta resolução, editei e peguei somente elas. Se demorasse coisa de segundos para  dar um zoom, não sei se elas ainda estariam ali...

 

 

Nessa subida, saindo de Lucélia, as patinadas das locomotivas estão marcadas nos trilhos... Que saudades! Aqui o trecho é limpo e é possível desenvolver uma velocidade legal.

Bom, depois de alegrar meu dia já vendo essas incríveis e lindas aves, segui caminho. Ao sair de Lucélia, como disse, é uma rampinha...

Mas na Bicilinha 2 Pessoal sinto bem pouco pois é muito leve. O mais legal é que, nessa subida, é possível ver nos trilhos as patinadas das locomotivas dos trens da época... Saudade!

Na foto do lado esquerdo, após as fotos da coruja o trecho é bom: limpo, sem terra na linha e só subida... Bem leve.

É uma curva enorme a esquerda! E após isso a ferrovia se mantém reta e plana por uns 1,5 km, na qual eu sempre chamo esse trecho de "retão do IBC", local onde foram feitos os primeiros testes da Bicilinha. Aqui o mato não tem chance pois as pedras não deixam...

Mas como nem tudo são pedras na vida da ferrovia, após o "retão do IBC", há uma enorme curva a direita!

 

 

Aqui, quase na divisa entre Lucélia e Inúbia Paulista, é reto... Mas tem que ter cuidado: como já roubaram alguns parafusos dos trilhos, estes se espaçam muito!

Essa é quilométrica! E depois uma super reta em aclive e algum mato. Láaa na frente, quanto este aclive fica plano, o mato é feio! Mas passado esse trecho, há uma passagem de nível ilegal na qual o povo persiste em colocar terra e passar com veículos pesados. Os trabalhadores da ferrovia retiram a terra e colocam obstáculos, mas não tem jeito: vão e abrem! Só fincando trilhos mesmo...

Lembro de uma vez que fui andar, que, no mínimo, foi passar algum veículo pesado, e entortou o trilho como um arame! Avisei aos trabalhadores da ferrovia, e logo trocaram e limparam a passagem de nível. Mas, dias depois como disse, encheram de terra. Povo que não aprende... Educação nota 0!

Seguindo viagem, após a passagem de nível ilegal, vemos o local da foto aqui ao lado direito. O capacete já me livrou de umas porradas de galhos. E porrada forte! Não deixo de usar nunca! Aqui, é uma reta enorme antes da curva a esquerda, sendo esta curva, a última para chegar a cidade de Inúbia Paulista.

Nessa dita reta, andaram roubando os parafusos dos trilhos e com isso, a junção de um trilho ao outro fica livre. Aí, quando o trilho esfria e encolhe, estas junções ficam muito abertas. Se as rodas caem ali, é uma porrada! Tá certo que tem as duas rodas, mas não é bom facilitar. Aqui eu diminuo até passar esse ponto crítico, e depois, volto a acelerar até uns 20 km/h, porque o trecho é limpo (perto do KM 600 da ferrovia...). Nesse km 600 é demais: a ferrovia passa num morro alto! E de lá tem uma visão espetacular do horizonte...

Seguindo viagem, logo após a reta dos 20 por hora, começa a última curva antes da reta da estação. Quase no final dessa curva da foto ao lado esquerdo, há uma passagem de nível mas dessa vez, essa é legalizada...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Leve declive antes de chegar na estação de Inúbia Paulista. Na junção dos trilhos ainda existem os fios soldados em ambos, ligando eles que permitia a passagem da corrente elétrica para acionamento automático da cancela...

 Eis a última curva antes de chegar a cidade vizinha, Inúbia Paulista. Após esta, há uma passagem de nível (essa é legal!) e depois o término dessa curva e a reta em declive até a estação.

Passando pela passagem de nível, chega um pouco do fim da curva e chega a reta da estação! Aeeeee! Velocidade? Não! Tem mato demais... Não chega a segurar muito, mas se acelerar, uma raiz ou galho caído vira um trampolim para a roda... Para que correr o risco? Vamos devagar curtindo a paisagem... Nessa reta da estação, ela ligeiramente sobe e depois é uma descidona até a estação!

Em meio a essa descida há trechos limpos e outros com mato, mas é possível sentir no pedal a diferença de força para a Bicilinha 2 Pessoal andar!

Mais perto da estação, o mato fica bem baixo sendo possível também avistar a estação da cidade. Antes dessa, há uma passagem de nível da via de acesso a cidade, vindo da rodovia SP 294 (Comandante João Ribeiro de Barros). A foto a direita mostra um trecho antes de chegar a estação. Essa estrada ao lado da ferrovia, hoje, está beeem mais perto dela! Coisa de menos de 1 metro dos dormentes...

Ali não tem cancela alguma. Já teve uma elétrica na época que os trens passavam. Antigamente, as próprias rodas dos trens, em ambos trilhos, ligavam e deslgavam automaticamente as cancelas...

Depois, segundo informações, esta não funcionava mais quando o trem vinha: ficava um funcionário ali perto. Vindo o trem, ele ligava a cancela manualmente...

pós a chegada a cidade vizinha, uma parada para uma foto na via de acesso da cidade. A foto ao lado, a via de acesso a cidade e lá no fundo, do lado direito, a estação conserdava.

Na estação da cidade, é uma brinquedoteca e está conservada (ufa!). Por sorte várias cidades daqui da região reformaram suas estações e ali colocaram algum setor da prefeitura para atuar. Ponto positivo, pois pelo menos, a história da ferrovia não apodrece ao tempo. Dentro da cidade, a linha sempre foi cuidada, limpa. Ao lado direito, plantaram palmeiras e ficou bem bonito!

 

 Se a ferrovia desceu, ela vai subir: após o gostoso declive até a estação, saindo desta, começa uma subida em curva. O que ajuda é que essa subida, pelo menos, tem pouco mato...

Depois de uma parada para algumas fotos, conferência de apertos nas porcas orelhinhas da Bicilinha 2 Pessoal, pressão dos pneus, inicia-se o trecho pouco explorado: Inúbia Paulista - Osvaldo Cruz. É looonge... bem mais do que eu já tinha andado até esse ponto nesse dia.

Mas vamos lá, saí determinado a ir até lá e vambora!

 

 

Chegamos a Inúbia Paulista! Na foto, a via de acesso da cidade. Ao fundo, a conservada e lendária Estação Ferroviária...

Após passar pela estação (muito mais fotos da estação e da viagem em FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL), começa uma curvona para esquerda! E subida ainda... Mas por sorte o mato é baixo, e não segura.

Mas é como eu sempre digo: você NUNCA conhece a ferrovia! Sempre tem um obstáculo novo, então, devagar e 100% de atenção afinal você está no meio do nada. Qualquer problema, é você e você que tem que resolver. Então, trecho limpo nem sempre significa velocidade máxima...

Acelerando um pouco mais, até vai... Mas de olho no trilho! Do lado esquerdo da ferrovia, a tempo que existe uma "parede" de eucalipto (pelo menos parece eucalipto!).

Lembro direitinho que, quando o trem de passageiro saía da estação de Inúbia sentido São Paulo, e as G12 aceleravam para vencer a essa subida e o som batia e voltava nessas árvores aí. Época da FEPASA né: o trem atrasava e quebrava... Mas tínhamos o trem de passageiros. Hoje, por aqui, não passa nada, só eu mesmo com a Bicilinha e a Bicilinha 2 Pessoal. De vez em raramente, passa os autos de linha fazendo inspeção... Muito raro mesmo.

Ainda falando no som das G12, lembro que era um estrondo que para quem gosta de trem, é um som que jamais se esquece! Lembro somente naquele local, do som das G12 na qual tinha mais rotação que as U20C. Era até difícil passar um trem de passageiro tracionado por uma locomotiva U20C. Lembro somente uma vez que vim de madrugada de Marília para Lucélia e era uma U20C reformada (que tinha pego fogo, pois tinha visto ela nas oficinas em Triagem Paulista com marcas feias de fogo na parte de cima do motor diesel)... Era época da FEPASA. Mas enfim, quem sabe um dia os trens de passageiros ainda voltem...

Continuando a viagem, ao final dessa subida em curva saindo da estação, há uma passagem de nível e após esta, a curva termina e aí sim, há uma reta tão longa que passava da divisa de Inúbia Paulista - Osvaldo Cruz...

A foto do lado esquerdo mostra o início dessa reta que se perde de vista...Inicialmente, é uma forte descida, depois a ferrovia fica plana e depois volta a descer e novamente, plana...

Aqui na foto do lado direito, é possível notar que, além de descida, é limpo esse trecho! Graças as pedras! Logo mais a frente, no início e mais para o fim da outra descida, há duas passagens de nível...

Quanto ao "óclão" que disse lá no início é que, em vários locais o mato chega a ficar mais alto do que eu sentado na bicicleta. Então, quanto maior a proteção no olho, melhor.

Por isso opto por óculos de sol grande para cobrir a maior parte possível do olho porque tem certos locais que vem mato de tudo quanto é lado! Um exemplo, é chegando em Osvaldo Cruz, veremos um local assim...

O óculos, além de proteger do sol, permite ficar com os olhos mais abertos e observar melhor os defeitos do trilho e obstáculos. Um simples defeito ou obstáculo, se não visto, pode descarrilar a invenção e eu ter que voltar de onde estiver...

Imagine, andar no mato, sem óculos, com o solzão de frente e mal conseguindo abrir o olho para ver algum defeito ou obstáculo no trilho... complicado e perigoso demais.

Seguindo viagem, após a última descida, na parte que fica plana vejo algo que sou obrigado a travar o freio! Eita! Sorte que não estava correndo...

Após a curva, inicia-se uma reta extremamente longa. O mais incrível é que aqui sim é possível ver como a ferrovia sobe e desce... Parece uma montanha russa (sem exagerar... eheheh)

Descida, reta e limpa: êêê maravilha... Mesmo com um óculos desse tamanho, mesmo assim mas raramente, algum mato consegue se enfiar ali bem perto do olho.

Quando vi, não acreditei! Mas até registrei: fios de teia de aranha cercando de um lado a outro da ferrovia!!!

Havia um tipo de vegetação alta dos dois lados do trilho e tinha várias teias de aranha unindo o topo dessa vegetação! A altura?  Bem na altura do meu rosto (sentado na bicicleta), para ajudar...

Coloquei a invenção nos trilhos, empurrei ela primeiro e passei agachado. Olhei dos dois lados e sorte que não achei a dona da arte!

Uma linha da teia enroscou na minha mão: como era forte! Saí dali rapidinho e fiquei esperto para lembrar de, na volta, prestar atenção do local que estava a enorme teia!

Em especial, nessa foto ao lado, coloquei na mesma resolução que está em FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL para ser possível ver as linhas da teia: repare na foto, mais para o lado esquerto aquela planta mais alta... Repare no topo que há umas linhas brancas indo para o lado direito da foto: eis as teias aí!

O detalhe é que era tão compridas essas teias que atravessava de um lado a outro da ferrovia, indo até o topo de outra planta do lado oposto! Eu nunca tinha visto...

Pensei: se a teia é assim, imagina a dona dela... Vou cair fora logo! E foi o que fiz...

Saindo da teia, o trecho é plano e ainda limpo seguido de uma passagem de nível...

Mais a frente, a ferrovia continua reta, plana e limpa e há mais uma passagem de nível. Após esta há um pouco de trecho reto ainda, plano e limpo e depois disso, inicia-se uma curva a direita e subida e ainda limpa.

Já nessa parte há um pequeno pontilhão de uma estrada de terra que dá acesso a rodovia SP 294, dita lá em cima...

Esta é uma das poucas partes que a ferrovia e a rodovia ficam próximas, porque depois dali, só entre Parapuã e Iacri e dali para frente que ferrovia e rodovia ficam próxima.

 

 

 

 

Nunca tinha visto tamanha teia de aranha: do topo da planta mais alta mais para o lado esquerdo, sai os vários fios de teia que atravessam a ferrovia e vai para outro topo de outra planta! Deu medo de encontrar a dona da teia. Caí fora logo e fiquei esperto para a volta não me enrolar nessas teias aí. 

Nesse mesmo pontilhão, foi tirado foto da primeira Bicilinha em meados de 2002. Esse pontilhão, no momento (setembro/2012), se encontra com dormentação até boa, com os trilhos travados e na bitola certinha de aproximadamente, 1,60 m.

Na foto ao lado, inicia-se a dita subida em curva para a direita. Desse ponto até a cidade de Osvaldo Cruz, é só subida!

Mais uma vez: por sorte a maior parte dessa enorme subida é limpo! Menos mal... Falo isso porque, não que é pesado para pedalar... Mas sim pela limpeza, sendo mais limpo é possível ver melhor obstáculos no trilho e desenvolver velocidade um pouco maior.

 

 

Na foto, um pequeno pontilhão de uma estrada de terra que tem acesso a rodovia SP 294. Esse é o único local, entre Inúbia Paulista e Osvaldo Cruz,  que rodovia e ferrovia se encontram.

Daí para frente, é bem limpo e a ferrovia se destaca mais uma vez passando beeem no alto... Só que: surpresa!!! (mais uma!): avistei de longe uma coisa doida nos trilhos, coisa que vi em fotos quando acontece terremoto: as duas linhas sincronizadamente tortas!

A foto aqui do lado esquerdo diz tudo! Nunca tinha visto algo parecido.

O incrível fato deles entortarem igualzinho para o mesmo lado foi devido a curva: o trilho já estava um pouco torto devido a curva natural do trecho da ferrovia. Então, eles já estando tortos, é mais fácil continuar entortando para o lado que está do que para o oposto.

 Finalmente, chegando na estação de Osvaldo Cruz! Na foto eu felizão prestes a passar por baixo do pontilhão da via de acesso... Viva!!! Mas quero passar da estação...

Devido a falta de pregação dos trilhos aos dormentes, os mesmos ficaram "soltos". Então, devido ao calor do sol, os trilhos se dilatam e a parte mais solta sofre a deformação.

É.... coisa doida! Achei estranho e fui quase parando para ver se passava com a Bicilinha 2 Pessoal e... Passou!!!  AEEEE!!!

Devido a flexibilidade da Bicilinha 2 Pessoal, ela passou tranquilamente e vagarosamente.

Já se fosse a primeira Bicilinha, essa não passava não devido a seu formato "quadrado" das rodas guias. Como a Bicilinha 2 Pessoal tem guias somente em um trilho, a "tortura" não foi tamanha e o pneu lá no outro trilho é largo, ela passou ilesa... Legal demais!

 

Não foi terremoto! O fato do trilho fazer isso é o trilho despregado. Com o calor, ele se dilata (ficando maior). Assim, a parte mais "solta" do trilho entorta para dentro ou para fora...

Passando pela tortura um pouco mais a frente, do lado direito, há um antigo sinaleiro que também já foi registrado na primeira viagem com a primeira Bicilinha (FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA >  VIAGEM À CIDADE DE OSVALDO CRUZ). Bem perto do sinaleiro, tive que ir quase parando, pois tinha algum na ferrovia... Fui devagar e meu limpa trilho foi tirando. Quase no final e no final dessa curva, há uma passagem de nível (não sei se é legal ou clandestina) e um pontilhão que a ferrovia passa por baixo, como visto na foto aqui do lado direito...

AEEEE!!! To chegando na estação de Osvaldo Cruz!!! Viva!!! O tempo de viagem fio de aproximadamente 1 hora e 20 minutos! Claro que poderia ser mais rápido, pois parei bastante para tirar fotos... Mas é o que sempre falo: andar para curtir a viagem. Não somente para querer chegar ao destino!

 AEEE!!! Cheguei! Aqui na foto, minha invenção a Bicilinha 2 Pessoal na estação de Osvaldo Cruz. Ao fundo, a escrita indicando PARAPUÃ <- OSVALDO CRUZ -> INÚBIA PTA

Chegando na reta da estação, tirei várias fotos que estão na íntegra em FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL. Logo que inicia a reta da estação, de cara, um AMV! Opa... passando por ele mais a frente, chega na estação... AEEEE!!! Fiquei muito satisfeito, mesmo não sendo a primeira vez que cheguei ali. Ao fundo, a indicação das cidades vizinhas PARAPUÃ <- OSVALDO CRUZ -> INÚBIA PTA.

A estação de Osvaldo Cruz se encontra conservada, sendo  a Casa da Cultura, o mesmo acontece com a Estação de Lucélia.

Voltando a viagem... Revisei minha invenção: apertos, rotação das rodas guias, pressão dos pneus, porcas orelhinhas... E pensei: vou voltar. Vo nada! Vamos mais!  Eeheheheheheheh Subi de novo e fui mais para frente.

 

 

 

 

 

Passado pela segunda passagem de nível estava prestes a passar pelo último pontilhão da cidade. O antiguíssimo sinaleiro ainda resiste ao tempo...

Passei por toda estação, ao lado do Corpo de Bombeiros, por cima de um pontilhão e fui chegando perto do último AMV, antes de uma passagem de nível do centro da cidade.

Fui devagar, esperei os carros passarem e atravessei devagar.

É... nesse caso, é o "trem" que espera os carros passarem... Eheheheheheheheh Saindo dali, o povo olhando sem entender segui devagar.

Após essa passagem de nível, começa pequena subida mas em curva para a direita e em seguida, já outra passagem de nível mas esta, menos movimentada. Atravessei ela e avistei, agora do lado esquerdo, o outro sinaleiro...

Antigamente, antes e depois das estações na qual cruzavam trens, haviam esses sinaleiros para alertar os trens que viessem para para ou esperar, pois a via estava ocupada. Hoje é tudo por satélite, GPS (Global Position System - Sistema Global de Posição).

Esse sinaleiro da foto ao lado, uma vez que fui com a primeira Bicilinha, subi nele para tirar algumas fotos e reparei uma de suas duas entes estavam intactas! Coisa difícil de ver, pois muitos quebram tudo. A outra, como era de se esperar as duas, estava quebrada. Deu até vontade de pegar a lente boa, pois estava abandonada, mas eu podia arrumar problemas... Deixa quieto.

Aqui se repete o que acontece chegando e saindo de Inúbia Paulista: em uma certa distância, estes trilhos também tem fios soldados em suas extremidades, pois aí haviam duas passagens de nível automáticas...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ponto final: não tinha virado ainda minha invenção: a frente vai para Parapuã. Atrás, Inúbia Paulista. Vamos virar e voltar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nesse dia, andei um pouco mais de 38 km e valeu muito a pena! Na foto, eu já saindo de Osvaldo Cruz, no KM 586

Seguindo em frente, passando por baixo do pontilhão da foto acima, o trecho fica reto, plano e limpo!

Um pouco mais a frente, encontrei a placa indicando o KM 586: eis a prova que já cheguei ao KM 586! Aliás... até passei dele, como veremos mais a seguir. Foram várias tentativas para sair na foto, minha cara, a placa e a minha invenção, a Bicilinha 2 Pessoal... Mas saiu.

Nesse dia, andei mais de 38 km na ferrovia: perto da estação de Lucélia, bem depois de onde monto, há um pontilhão marcado "KM 605". Sendo na foto o KM 586, então exatamente do 605 ao 586 e volta, soma 38 km. Mas, levando em conta que montem depois do KM 605 e virei a invenção antes do KM 586, foi bem mais de 38 km. Creio que uns 40 km nesse dia...

Bom, mas isso acima considerando que o KM ferroviário é o mesmo do KM rodoviário. Porque o meu velocímetro instalado na Bicilinha 2 Pessoal NÃO bate com os km da ferrovia...

Após a foto, segui um pouco mais para frente, sentido Parapuã. Percebi que, antigamente havia um AMV ali, mas não tem mais nada: nem a chave, nem o jacaré... nada! Só o morro de terra com pedras e mato da via que era ligada a via principal...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O trecho que eu tinha acabado de passar, voltando. Limpo e plano... Devido a ação do tempo, fica até difícil de decifrar o número da placa de VMA (Velocidade Márima Autorizada).

Fui mais a frente, decidido virar a invenção até o último sinal de construção da cidade de Osvaldo Cruz. Então, passei pela última passagem de nível pavimentada, andei por mais alguns metros parei a invenção.

Hiper feliz de ter andado demais sem problema algum e ter conseguido chegar ao destino desejado, mesmo sem virar ela, tirei a foto acima do lado direito! Para frente, vai para Parapuã, cerca de uns 10 km. Para trás, volta para Inúbia Paulista.

Cheguei ao final da viagem.

Bom, final não né, porque tinha a volta: AEEEE!!!! Virei ela, tirei várias fotos (Láaaa no menu FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL) e comecei a jornada de volta. Na foto ao lado, fica até difícil de saber a VMA (Velocidade Máxima Autorizada) devido a corrosão da água...

Voltei a tirar fotos de toda viagem de volta, mas claro que colocarei aqui e no menu FOTOS E VÍDEOS fotos diferentes da ida e da volta.

 

 

 

 

 

 

 

 

Voltando para a estação, agora é possível ver o outro lado dela. Aqui, além da via principal (que eu estou) há mais linhas...

Aqui a ferrovia fica bem no alto, como mostra na foto ao lado esquerdo. Além de limpa é plana. Mais lá na frente, passando por baixo do pontilhão que tinha passado a pouco tempo, começa uma leve descida em curva para esquerda...

Atravessa as duas passagens de nível... O povo fica olhando, e não entendendo.. Ehehehehehe Passa no AMV e começa a reta da estação.

Voltando para a estação, pela foto aqui a direita, podemos ver que há mais linhas. A via principal, como nome já diz, é sempre a de passagem livre: nada pode ficar parado ali numa ferrovia ativa.

É possível ver o caminhão dos bombeiros, que a unidade deles, ficam ao lado da ferrovia.

Eu voltando, feliz... E vendo o tempo. Percebi um fundo um azul mais escuro.

Mas nada de preocupação: projetei a Bicilinha 2 Pessoal como a primeira Bicilinha: para andar na chuva sem escorregar do trilho. Sem contar que com o trilho molhado, ela andar muito mais! Mas claro que os freios (borracha e ferro) não ficam tão "grudados"...

Passei reto na estação, para voltar e passei no primeiro AMV e começa a curva para a direita na qual perto do meio tem os trilhos tortos...

Avistei o tempo fechando lá na frente e tirei fotos enquanto podia. Na foto, tinha acabado de passar o AMV que entrava em uma fábrica...

Passei a passagem de nível no início dela. Fui degavar, pois agora a parte que tinha lixo perto do sinaleiro, é no outro trilho. Sem problemas: fui devagar e meu limpa trilho tirando as coisas de cima da linha.

Consegui passar de novo pedalando com a invenção pelos trilhos tortos e atravessei a passagem de nível perto do final dela e depois passei por vaixo do pontilhão. Ali peguei o trecho reto, mas subida... Passei o AMV que entrava antigamente na fábrica, como mostra a foto do lado esquerdo.

 

 

 

 

 

 

 

 

Eita! Ó o tempo lá! Chuva forte! Vamos indo devagar, a Bicilinha 2 Pessoal enfrenta chuva!

Embora a foto não mostre, mas o tempo tava fechando! Minha adrenalina subiu... Opa! To longe... Tenho chão, aliás, trilho... E vem vindo chuva! Deu aquele friozinho na barriga... Mas vamos indo.

Passei o matagal que enfrente na ida, o que considerei um dos piores da viagem, sem cair. Passei devagar para a invenção ir deitando o mato, tranquilo...

Quando saio do mato que dou mais atenção lá na frente... chuva! EITA PEGA!!! E forte meu!!! Aproveitei para tirar essa foto a direita, parei, puxei uma sacola plástica da bolsinha e guardei a máquina.

Ixi... agora não poderei tirar mais fotos até melhorar! Passei pelas passagem de nível que tem na seguinte descida em curva para a esquerda!

As gotas de chuva ficavam penduradas no óculos, então tive que retirar ele. Mas era tão forte que eu via poucos metros a frente: confiei na minha criação e fui pedalando sem vem 5 metros a frente! A linha passando lá no alto... e eu lá! E os raio caindo! E eu cagando de medo!!! Eita peeeega!!! A prova de chuva, eu projetei... Mas de raio NÃO! E tava caindo raio meu! Mas por outro lado, a invenção estava deslizando mais, mas mesmo assim, fui devagar...

 

Chuva não: TEMPORAL!!! Eita... Deu friozinho na barriga pela adrenalina e porque eu estava ensopado!

Bom se cair raio no trilho, como estou em cima dele não tem um ponto de aterramento, talvez caia no caso da Gaiola da Faraday... Resumindo: como não tem diferença de potencial em meu corpo, não sinto nada. Só explicando: diferença de potencial, entenda como, diferença de voltagem... Por exemplo, eu com a mão no trilho e cai um raio em mim, uma mão em terra, 0 volts, e o raio caindo em mim, seja alguns milhões de volts, é perigoso.

 

Ou seja, o curso "se fecha" em mim. Agora, se cair em mim e eu estiver em cima de algo condutor (trilho) os milhares de volts passarão pelo trilho e passarão por mim, mas como eu já estarei com 100% no trilho, não terá diferença de potencial... Se é que você entendeu..

Ehehehehe Bom, mas vamos voltar a viagem, e deixar a física de lado um pouco.

Depois dessa curva, da reta, da outra passagem de nível, de uma outra curva para a direita (só descendo, só chovendo, só raio, e eu, só cagando de medo). Passou a pequena reta perto da penitenciária, começou uma curva para esquerda e chuva deu uma quietada. Ainda nessa curva, descendo, peguei minha camera e tirei uma foto (que está na íntegra lá no menu FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL) e fiz um vídeo... Mas não deu tempo de terminar o vídeo e começou a chover de novo! O Vídeo está lá no menu também...

Guardei rápido a camera e continuei a pedalar. A ferrovia parou de descer, peguei a reta que começa lá em Inúbia, passei pelo pontilhãozinho perto da rodovia que tá na foto lá em cima dessa página, atravessei as passagens de nível (as mesmas da ida, claro!) e a chuva já diminuindo. Mas acho que ela não diminuiu... Eu quem sai dela!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ferrovia ou mini montanha russa? E olha que esse trecho aí nem é serra... é "leve".

Lembrei da parte da teia de aranha, nem estava quase chovendo. Desci, empurrei a Bicilinha 2 Pessoal, passei agachado, montei na Bicicleta e... Ponto 8!!!

Andei um pouco, parei, olhei para trás e vi: era TEMPORAL! Isso sim! Pela foto aqui acima do lado esquerdo não parece muito, mas tava feio o tempo!

Fui mais para frente um pouco e a ferrovia começou a subir: Então... Lembra na ida daquela descida que eu até tirei foto sorrindo? De capacete? Que até falei do meu "óclão"? Pois é... era o começo dela, mas o contrário: subindo!

Eu contava com isso, mas não com um temporal atrás de mim! Mas tudo bem... Fé em Deus, na Virgem Maria, em meu Anjo da Guarda e vamos embora! Após andar quase metade dessa enorme subida, tirei essa foto do lado direito: e mitos acham que a ferrovia não tem subida... Manda essa foto para eles, pois tem sim. E olha que essa aí nem é serra, é até "leve".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Agora sorri né? Saiu do temporal né? Ó eu todo molhado já no final da subida, quase coneçando a descida em curva para a direita, sentido a estação de Inúbia Paulista.

Pronto! Após estar quase no final da subida, já quase iniciando a descida em curva para a direita sentido a estação de Inúbia Paulista, parei para mais uma foto: ufa! o temporal ficou para trás... Agora posso ir mais tranquilo...

Terminando a subida, começa uma curva em descida a direita com uma passagem de nível logo no começo. Essa curva é tão grande que só termina na estação de Inúbia Paulista.

Aproximadamente no meio  dessa curva, há uma enorme cratera e funda não muito longe da ferrovia. Se deixar, é até perigoso, mas o povo da ferrovia já está sabendo. No fundo dela há tubos de concreto destinado a passagem de água da chuva.

Os mesmos estavam certinho a anos lá beeem abaixo da ferrovia. Mas conforme a chuva veio, foi tirando terra e o buraco chegando mais perto da ferrovia e consequentemente tirando a terra de cima e expondo os tubos.

Aí, ainda com as chuvas, a terra debaixo dos tubos saíram e os tubos se desencaixam. Quando vem a água, como não tem mais tubos, vai tirando a terra e vai desmoronando tudo, até que vira um buração!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lá no fundo, a estação de Inúbia Paulista. Aqui é uma descida e aproximadamente nesse ponto, há uma junção de borracha que uni os trilhos para ativar e desativar a cancela pela passagem do trem. Isso, quando existia cancela...

As fotos desse enorme e fundo buraco estão na íntegra no menu já dito aí em cima...

Após a passagem dessa "cratera", andei um pouco mais e parei para a foto aqui do lado direito: ao fundo, vemos a estação ferroviária da cidade. Lembro que na época que os trens de passageiros estavam já no fim, o trem nem parava mais aqui, passava direto...

Em todo trajeto dessa curva, até seu término, é sóooo descida. Quando ando por aqui, sempre observo uma junção de borracha que une os trilhos: o trem passando daí para frente a cancela era ativada automaticamente... E dela para trás, era desativada, a cancela levantava liberando a passagem para os carros passarem.

Passando pela estação, a curva termina e a ferrovia fica plana. Atravessando a passagem de nível da entrada da cidade, ainda continua plana mas inicia uma subida brava! Em 2009 quando passou o TGV (Trem Gestão da Vegetação), lembro que de tanto mato que tinha, a locomotiva U20C, patinava e não subia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Já saindo da cidade, aqui no KM 598 é uma subidona! Fico imaginando o som das G12 e U20C acelerando aqui...

E mesmo jogando areia não ia. Teve que desengatar a locomotiva, ir sozinha com ela até o término da rampa.

Depois, voltou, engatou os vagões e subiu novamente. Aí foi.

O motivo da manobra é para a locomotiva massetar o mato e depois que passasse de novo jogando areia, dava mais aderência. Isso mesmo, a areia dá mais aderência da roda das locomotivas com os trilhos.

A foto ao lado mostra exatamente o local que tudo isso aconteceu, bem no KM 598. Isso aconteceu também em outros locais incluindo Parapuã e Adamantina. Era inacreditável ver a roda da U20C patinando! Ela pesa aproximadamente 118 toneladas e tem 6 eixos. Resultando em aproximadamente 19,66 toneladas! Como são fortes os motores de tração dessas locomotivas!

Voltando a viagem, do KM 598 em diante é só subida... E ali na frente, há outra junção de borracha que ativava a cancela quando o trem vinha sentido Panorama. Após essa subida, a ferrovia tem um leve declive mas ainda continua plana.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ahhh se todo o trecho fosse assim. Na foto eu desenvolvendo velocidade nesse trecho limpo e descendo levemente.

Mais a frente, inicia um leve aclive e uma curva para a direita. A vegetação nesse trecho é branda: há um tipo de vegetação aí que é um "caule" duro... Sei lá que troço é, parece um cipó... E forte!

 

Aí, quando a ferrovia roça, consigo, com pouca dificuldade, passar por ali. Algum mato que fica que ainda esteja atrapalhando, eu mesmo acabo tirando na mão mesmo. Depois de limpo, tanto pelas rodas da Bicilinha 2 Pessoal quanto pela minha "tirada" com a mão, consigo andar por alguns meses... Aí é bom!

Voltando a curva, ao final desta, há uma passagem de nível e daí para frente, é beeeem limpo, como mostra a foto aqui do lado direito! AEEEE!!! Aí é bom, pois tem como desenvolver uma velocidade maior. O trecho fica plano sendo uma leve descida e depois uma leve subida.

Bem no meio desse leve desce e sobe, é o KM 600 na qual a ferrovia fica beeem alta! Quando está ventando, ali o vento é muito forte! A resistência do ar ali faz obrigatoriamente cair algus Km/h... Mas não tem problema, só reduzir a marcha e curtir o passeio...

Passando essa leve subida quase imperceptível, o trecho continua reto por uma boa distância. Logo, chega aquela passagem de nível clandestina que disse na ida com terra acima do nível dos trilhos (audácia né?! É o ser humano...).

Atravessando essa passagem, ainda reto e plano, o trecho tem um matageal bravo! São matos que, passando devagar, vai tranquilo, mas quando o mato verdinho e forte, o colonhão corta feito faca! Só quando roça mesmo compensa passar nessa parte. Há uns morrinhos ao lado da ferrovia e ali tem mato. Então o mato vem de lado ficando complicado passar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após o pequeno trecho ruim, ainda reto, a ferrovia começa a descer e depois uma enorme curva para a esquerda. Esse é um dos trechos que raramente ficam ruim, com muito mato. Aqui é possível desenvolver de 25 a 30 km/h com segurança.

Mas, época de seca e quando roçam, o mato seco não tem vez: quando passo com minha invenção (roda de nylon, roda de ferro, pneu da frente e de trás), eles são massetados e deitados e, como estão secos, se mantém na quietinhos (diferente de quanto estão verdes).

Mas por sorte, esse trecho denso de mato é curto. Considero ele como o segundo pior, perdendo só para aquele chegando em Osvaldo Cruz.

Bom.. isso no momento, pois o tempo muda, a terra cai na linha, com a chuva pedras são retiradas... etc.  Trecho ferroviário é imprevisível: hoje há trechos que antes tinha pedra e era limpo. E foi assim por anos mesmo depois de ter parado os trens.

Hoje, já existe algum mato nesse trecho, pois com o excesso de chuva, terra cai sobre as pedras e ali, o mato de instala e pronto!

Depois desse pequeno trecho "ruim" (mas bom na época de seca e depois de eu ter passado várias vezes), a ferrovia começa uma enorme descida reta! Nessa parte quase não tem muita vegetação e quanto tem, por sorte, é baixa.

Depois de andar um bom tanto reto e descendo, começa uma enorme curva para a esquerda, como na foto a esquerda. Esta curva se mantém descendo até quase sua metade e, justamente nesse ponto que ela pára de descer e fica plana, há uma passagem de nível.

Até essa passagem de nível é possível desenvolver de 25 a 30 km/h com segurança, embora eu gosto de andar de andar um pouco mais devagar.

A "alta velocidade" (pelo menos para mim...), se dá ao trecho, sem mato, descida, sem "buracos" entre os trilhos, sem flambagem na linha (quando um trilho abre mais que o normal de 1,66 m), etc.

Logo depois dessa passagem de nível, ainda em curva porém plana, chega um pequeníssimo trecho com pouco mato. Mas depois... Nada de mato! É limpíssissíssimo! Esse trecho que mais parece uma ferrovia ativa e cuidada, permanece por mais de 1 km!

A foto ao lado é perto do KM 603 onde o trecho ainda se mantém muito limpo e com a dormentação boa. Ao final dessa enorme curva, há uma passagem de nível legal. Após essa passagem de nível há uma enorme reta e quase na metade, havia uma outra passagem de nível. Mas esta foi fechada para abertura dessa outra que disse acima. Isso tudo legal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ainda reto e limpo e plano, aqui é possível tirar o atraso da viagem acelerando no ponto 8!

A foto ao lado direito mostra láaa na frente a passagem de nível recém aberta (em 2011) e  trecho ficando reto. Como é limpo aqui! Esse foi o primeiro trecho na qual consegui dar 42,5 km/h que está colocadm em vídeos no menu FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL.

Só peguei essa velocidade uma vez, e quando não havia a roda de ferro... Loucura! Ah... se cai!!! Mas 42,5 km/h só? Pega uma bicicleta com um velocímetro, em uma reta, encaixa todos esses apetrechos aí que levo (roda de nylon, caixa de ferramentas, roda de carriola, braços de ferro, etc) e tenta dar isso...

Adianto: não é fácil não! Detalhe principal: além de tudo isso aí, tem que levar em consideração que, além do atrito dos 2 pneus da bicicleta em contato com o trilho, tem mais o atrito da roda de carriola e da roda de nylon! Ah, e para finalizar: como a ferrovia passa no alto, poderia estar ventando contra, tendo mais um fator: resistência do ar! Acho que não quero mais quebrar meu recorde não... Eheheheheheh tá bom já, adoro andar é tranquilo e... devagar!

Se houve algum atraso na viagem, o local para retirar o atraso é aqui! Como nas locomotivas, só colocar no ponto 8 e sentir a velocidade e o ventão na cara... Eheheheheheh

Continuando a viagem, essa reta continua e vai longe. A foto aqui do lado esquerdo mostra que, mesmo depois de rodado quase 1 km, a ferrovia ainda continua reta ainda continua plana, reta e... limpa! EEEEE maravilha! Bom, vamos embora!

Terminando a reta limpa, começa uma grande descida em curva para a direita. Esse trecho, embora rodeado de umas árvorezinhas baixas ou sei lá o que, é até limpo. Porém tem que ir devagar e prestando atenção nos trilhos, pois por mais limpa que esteja a ferrovia, sempre tem um matinho ali que pode complicar...

Quase no final dessa curva, atravessa por baixo de um pontilhão e já estamos quase na reta da estação de Lucélia. Terminando a curva, a ferrovia se torna plana e reta por aproximadamente 1 km, e no meio dessa reta a estação de Lucélia.

Falando na estação de Lucélia, a ela teve sua reforma terminada e inaugurada em 24/06/2008. Ali foi e ainda hoje (Setembro/2012) é a Casa da Cultura. Antigamente, a estação daqui de Lucélia tinha várias linhas e um barracão para carga e descarga de vagões até que um temporal derrubou este barracão e depois de vários anos, os trilhos das demais vias e oa AMVs foram retirados. Hoje só existe a via principal aqui.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eu nem aí para a chuva! Molhado e super feliz! Valeu a viagem!!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim da viagem! Logo que eu estava chegando, a chuva chega junto! Na primeira oportunidade, retirei minha camera para tirar essas fotos... Desmontei tudo e agora, vambora editar tudo, escrever a história para colocar aqui para você ler! Valeu!

Existia um AMV sentido São Paulo, que entrava no Posto de Sementes daqui, que foi retirado. O Posto de Sementes ainda funciona e, embora ainda tem os trilhos lá, não tem mais conexão com a via principal pois o AMV foi removido. E em meio a essa "mini ferrovia" que existe no Posto de Sementes, há árvore no meio da linha: faz muito tempo que parou o tráfego de trens aí.

Seguindo para o final da nossa jornada (Ahhhhh!!!), passando da reta da estação, passa por baixo de um outro pontilhão e iniciar uma grande curva em descida a esquerda. Após o início dessa curva, há uma passagem de nível pavimentada na qual muito antigamente, existia uma cancela ali! Lembro que pedia para a mulher que trabalhava em casa me levar para ir ver o trem... Esse trecho, é relativamente "limpo". Não limpo... limpo... Mas digamos, "Bicilinhável" (acabei de inventar essa palavra agora...).

Após ter passado essa pasagem de nível, a ferrovia se destava, ficando extremamente alta até que chega o famoso pontilhão! Esse é só o pontilhão... Nada de corrimão lateral... nada. É o trilho, o dormente e a super base de ferro embaixo dos dormentes. É demaaaais passar ali! Ainda curvando, continua descendo...

Não muito longe desse pontilhão, a linha passa por cima de outro porém bem menor e depois, começa um reta plana não muito longa com uma curva em descida para a direita no final MAS... Infelizmente, iremos para antes!!! Ahhhh!!! Logo que inicia a descida em curva para direita estava chegando ao final da viagem... Após atravessar uma passarela de concreto, alguns metros a frente, é o local onde eu inicio e termino minhas viagens e monto e desmonto minhas invenções! Cheguei ali, parei... (embora queria seguir adiante, ainda mais que era descida!). E, advinha quem chega junto comigo? A chuva! Aeeee... agora ela pode vim forte! Mas sem raios...

Comecei a desmontar removendo os braços com as rodas guias, amarrei na garupa e depois soltei as porcas borboletas dos braços da roda de apoio... Coloquei sobre o banco e tirei as duas fotos acima! Valeu demaaaaaaaaaaaaaaaaaaais! 

 

Bom... Essa foi a jornada para Inúbia e Osvaldo Cruz, com direito a chuva! Coisa rara em meus "depoimentos" em minhas viagens. Mas olha... Valeu a pena demais! Foi um dos melhores dias que eu andei com a Bicilinha 2 Pessoal! Lembro que, as fotos e mais histórias em cada foto (que muitas não constam aqui...), estão na íntegra em FOTOS E VÍDEOS > BICILINHA 2 PESSOAL.

Mais uma vez eu falo: obrigado pela paciência de ler tudo isso!

 

Valeu!!!

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