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BICILINHA

 

Tudo começou no início de janeiro de 2002... Com a ajuda de alguns amigos utilizei rolimãs, bengalas de motocicleta 125 (não da minha ML!), tábuas e aproximadamente uns 130 parafusos com porcas e arruelas para fixação para várias peças que compõem a invenção. Pensei em um meio de locomoção que não afetasse a natureza, que não poluísse. Então como gosto de andar de bicicleta, usei uma, ou melhor, duas. Comecei o projeto tendo a idéia de desenvolver um veículo não poluente, destinado a unir paralelamente duas bicicletas na linha do trem permitindo assim se locomover normalmente na ferrovia. E assim foi feito: mede aqui, solda ali, marca aqui, quebra a solda aqui (porque medi errado!), solda de novo, e... pronto! Ficou pronta! Agora é só encaixar as bicicletas, levar para a linha do trem e andar. NEGATIVO! Aí que entra a beleza da física... Conheci melhor a Sra. Dilatação e vi que, como a dormentação aqui está meio pior do toco de árvore cortado na época que a roda era quadrada, vi que em certos trechos a linha se abria ou fechava mais que o normal. Então, de volta para os reparos devido ao não reparo da linha do trem... Aí sim! Achei um meio termo que até agora nem sei a medida que está, mas que em quase 100% da linha, andamos normal. Raramente acontece do pneu traseiro escorregar da linha. Não considero isso uma falha, aliás, é falha mas da linha do trem. Explico: graças a dilatação já dita, a bitola (distância de um trilho e do outro) pode abrir muito. Então, fui obrigado a deixar um "jogo" grande na frente e atrás para poder não "travar" a invenção em lugares que os trilhos "fecham". Devido a essa "adaptação" aos trechos que saem um pouco da bitola, aí o pneu escorrega junto ao líquido resultante do mato quando amassado pelas rodas de ferro. As rodas de ferro nunca caíram dos trilhos. O que raramente cai devido a um problema na distância dos trilhos, é o pneu por ser de borracha e o líquido dos matos, como dito acima. Mas tudo é festa: quando isso acontece, normal... Colocamos a invenção alguns metros mais para frente (onde o espaçamento dos trilhos volta ao normal), o pneu sobre o trilho e seguimos viagem.

 

Eu tenho em mente até um projeto que corrige isso, mas não compensa! Pois são raros esses acontecimentos, de cada 10 viagens 1 ou 2 acontecem isso e depende muito do tempo: frio não dilata, então, a distância (bitola) dos trilhos não são alteradas. E outra, quando isso acontece nenhuma das 6 rodas de ferro da invenção sai do trilho, só um pneu de um das bicicletas não comprometendo nossa segurança...

 

Praticamente quase todas as bicicletas são adaptáveis a minha invenção, exceto as Bicicletas do tipo "Barraforte" (devido ao seu quadro) e "Cross" (devido ao seu tamanho). Ela permite ser levada até a ferrovia desmontada na garupa da bicicleta. A minha bicicleta (nas fotos a de cor azul) serviu como base para as primeiras medições destinadas a construção da BICILINHA (PAT - 0200920 - 0). Por isso tenho um cuidado e um carinho especial por ela, pois graças a ela consegui vários resultados e medidas.

 

Todo o conjunto é possível levar para qualquer lugar na garupa. O peso fica aproximadamente, 100 Kg. O invento leva entre 10 a 15 minutos para ser montado, dependendo da quantidade de pessoas que ajudam na montagem. Depois de montado é só colocar todo o conjunto na linha do trem (com bitola de 1,60m), subir nas bicicletas (que são duas: uma em cada trilho, como dito) e pedalar... Desenvolvi no mês de agosto de 2008 duas rodas não-rolamentadas para levar a invenção até a linha do trem já montada desde minha casa. Assim pelo menos podíamos montar a invenção na área de casa, na sompbra. Chegando na linha, só retirar as rodas (que é bem fácil), e começar a andar... Ah! Uma sensação diferente: bicicletas andando na linha do trem?! É uma sensação estranha e difícil do nosso cérebro compreender: como andar de bicicleta em cima de um trilho ferroviário sem se equilibrar e não cai?! O mais legal, é que mesmo com seus aproximados 100Kg, é leve andando em 2 ou mais. Isso se dá porque o atrito das rodas reduz muito o esforço no pedal e mesmo com muita gente em cima não fica tão pesado como se estivesse andando no asfalto, por exemplo. O melhor de tudo o terreno da ferrovia é quase plano. Há trechos que possuem leves subidas, planos ou descidas, mas são tão suaves e quase imperceptíveis que muitas vezes nem é possível saber se um certo trecho é subida, plano ou descida. 

 

Nos primeiros testes, eu e mais dois amigos (um daqui de Lucélia e outro, Gilberto de Parapuã, os mesmos que estão em "Aventuras" no menu ao lado), logo quando a BICILINHA (PAT – 0200920 – 0) ficou pronta, realizamos vários testes: desde a saídas suaves até uma simulação de um "aparecimento surpresa" de algum trem, locomotiva, Maria fumaça (eita!), V8 (eita 2!) O teste foi feito assim: um de nós ficava sentado na prancha e dois pedalando. Depois de um tempo passado, a pessoa sentada na prancha falava: "Ó o trem!" Aí parávamos e retirávamos a invenção da linha. O tempo gasto para a total parada e a retirada do invento dos trilhos, é de 05 a 08 segundos em três pessoas.

 

Sempre que ia me aventurar com minha invenção para outra cidade, ligava em Bauru, para me informar se fosse passar alguma composição férrea: seja um trem ou somente um lastro ou uma escoteira (uma locomotiva) aqui para os lados de Lucélia. Hoje em dia, nem ligo mais pois a linha está praticamente abandonada com os dormentes podres e, em certos trechos e o mato cobrindo a linha... que dó! FEPASA, cadê você?! Bom, pelo menos aqui dentro da minha cidade, está limpo para eu poder dar umas voltas... O motivo da simulação surpresa, como disse, é se ocorresse alguma falha de informação, ou se eles não soubessem se fosse ou não passar alguma composição enquanto estávamos andando para mostrar a algum curioso "férreo-fanático-alucinado" por trens. Mas isso nunca aconteceu na prática! Ufa! Comunicação é tudo quem sabe logo instamos um GPS... eheheheh.

 

A invenção permite levar até 8 pessoas(mas com duas bicicletas com garupa, esse número sobe para 10 pessoas). A maioria não muito confortável: 6 sentados (2 bicicletas, 2 na ponta das tábuas e se tiver garupa nas bicicletas, 2 em cada garupa) e 4 pessoas em pé no meio das tábuas. Ninguém precisa se equilibrar, pois como a invenção anda macia e estável, não acontece de "dar tranco" tanto nas freadas quanto nas saídas. Com todo esse povo o peso fica excessivo não sendo possível correr muito. Mas pra que correr?! O mais legal é deliciar-se em andar na linha e observando as paisagens. Mas mesmo com muito peso é possível locomover-se sem se esforçar a ponto de "entregar os pontos". Projetei a invenção para carregar 4 pessoas sentadas, mas se colocar mais pessoas os rolimãs de aço agüentam fortemente. Mas para sair da cidade o melhor é em 2 pessoas. Pois em curto trajeto, andando em 4 é legal e não cansa tanto pois sempre paramos para virar a invenção. Agora saindo da cidade, a parada é depois de 10 km! Então, indo em 2 apenas evita-se de ficar parando sempre para descansar´.

 

O primeiro teste-móvel foi realizado transportando 7 pessoas em baixa velocidade. A velocidade depende muito das pernas dos "tracionadores" e nesse dia, não tinham pessoas tão panssudas, por isso foi mais aliviado. Fizemos o primeiro teste num trecho de Lucélia até Inúbia Paulista que são cerca de 9 Km. Das 8 rolimãs uma das rodas guias chegou a trincar. O motivo era que, no início, logo quando pensei em construir a invenção achei que era só medir a distância entre os trilhos, colocar os rolimãs e andar. Fiz essa idéia e me enganei! Quando fui medir mais cautelosamente percebi que nenhuma das medidas entre a roda apoio e roda guia estavam iguais pois isso, quando fomos a Inúbia Paulista pela primeira vez, somente uma rolimã estava guiando todo o carrinho. Ela sofreu um superaquecimento e trincou. Mas não é certo que foi esse o motivo: pois como era rolimã usada ela já poderia estar com um certo desgaste ou até estando com esse trincado.

 

Mais tarde, com sede de consertar logo, quebrei todas as soldas das rodas guias e re-alinhei. Agora sim! As medidas estão todas iguais. Mais teste e nada de superaquecimento. O todas se aquecerem pouco principalmente os rolamentos da frente da invenção. A velocidade em 4 pessoa é até razoável. Mas em 2 pessoas vai muito rápido, sendo possível andar bastante com uma ótima velocidade, como já dito.

 

O freio total do conjunto são somente os freios das rodas traseiras (roda tração) das bicicletas. Quanto a precisão da frenagem, é proporcional: se tem muito peso, não é possível correr, então, o freio segura pouco devido ao peso. Mesmo com muito peso a invenção pára num bom tempo. Mas se são somente 2 pessoas a invenção corre bem mais, e devido ao peso ser reduzido, os freios se desempenham mais, afinal, o freio será útil para frear 2 pessoas, também parando num ótimo tempo, sendo possível a retirada quase imediata da invenção da linha. Na verdade, é possível travar os freios nos dois casos: seja com 2, 4 ou mais pessoas. Acontece que devido ao excesso de peso, o pneu trava e se arrasta no trilho (derrapando). Assim, o freio não segura muito, ou melhor, ele segura (trava) mas o excesso de peso o faz continuar andando mesmo "travado" (derrapando) até sua parada total. Quando em 2, o freio pode até derrapar, mas do fato de estar mais leve, a invenção pára mais rápido, pois não tem muito peso. E levando pela física, quando trava-se um pneu ele não segura tanto quanto se não estivesse travado. Taí o freio ABS, mas isso é outro assunto...

 

Mas com todo esse divertimento na linha férrea, e quanto a polícia?! Se você não tinha se perguntado isso, tenho certeza que mais tarde poderia se perguntar. Bom, para início de conversa não estou destruindo nada, fazendo avarias, matando ninguém e muito menos “zuando” na ferrovia ou com os trilhos. Muito pelo contrário: estou mostrando que é possível através de uma simples invenção trafegar no que sobrou da malha Paulista e sem poluir o ar. Então não há motivos para me indiciar. E quem tem que impor regras ou permissões na ferrovia não é a polícia local e sim a ferrovia afinal ali não é rua e a Bicilinha não é um veículo rodoviário e sim ferroviário então cabe a ferrovia alertar algo. Em outras palavras compete a ferrovia cuidar, permitir ou proibir algo e de mais ninguém.

 

Logo que finalizei o invenção liguei somente uma vez só para a polícia local avisando-os que se eles recebessem alguma ligação de algum "estraga-prazer desinformado" falando que estávamos "zuando" na ferrovia que eles fossem lá confirmar a denúncia e que estávamos andando com a invenção. Sendo assim os policiais já estariam sabendo que não era um ato de vandalismo e sim um inocente entretenimento. Bom, vandalismo também não, muito pelo contrário! Afinal, estávamos corretamente "andando na linha" eheheheh. Só liguei neste dia uma vez, depois nunca mais. Praticamente todos daqui de Lucélia já conhecem a BICILINHA (PAT – 0200920 – 0) e sabem de seu funcionamento na ferrovia devido de já ter sido publicado uma matéria no Jornal daqui umas 3 vezes, em vários outros jornais e até na TV regional (SPTV).

 

A popularidade da invenção começou a se dar depois de ser publicada duas vezes no Jornal daqui. Em Adamantina, cidade a 8 Km de Lucélia, saíram em 3 jornais; em Osvaldo Cruz (cerca de 20 Km), saiu 1 vez. Rinópolis (cerca de 38 Km), saiu 1 vez. Em Rinópolis não há ferrovia, porque fica fora de rota. O fato da matéria ter saído lá é porque o jornal de Rinópolis, é da mesma administração do de Adamantina.

 

No total hoje, calculo que já andei bem mais de 1000 Km com o invento! E olha que não estou contando quando eu montava aqui dentro de Lucélia para alguns curiosos e fanáticos por trens comprovarem a invenção que anda na linha. 

 

Passamos por diversas aventuras desde o nascimento da invenção. Todas as aventuras até os dias de hoje, está no menu ao lado, em "Aventuras". Confira!!!

BICILINHA 2 PESSOAL

Bom... vamos lá... Sente, regule seu monitor a uma luminosidade agradável... ligue o ventilador (ou ar condicionado...) e prepare-se: pois tem coisa para ler aqui hein... eheheheheh

 

Para começar a história da "A invenção", da Bicilinha 2 Pessoal, temos que voltar um pouco no tempo...láaaa para o ano de 2000 e pouco, quando inventei a Bicilinha... Enquanto eu estava andando com a primeira Bicilinha, sempre me perguntavam: "Viu... e se colocasse só 1 bicicleta na linha?!" aí, por 1 minuto, eu rascunhei uma idéia doida na cabeça de como teria que fazer... Depois que concluí, falei que dava sim para fazer... Mas nem liguei muito pois estava "aficcionado" pela Bicilinha, que queria saber de desbravar kms e kms da nossa malha Paulista aqui.

 

Pois bem.

 

Depois de ter inventado a Bicilinha, estava me deparando com um problema cada vez maior: O MATO! Sem contar que também faltava "mão de obra", digo, outro "maquinista" para andar comigo na linha. Sempre quando eu ia andar com a Bicilinha, chamava um e a resposta era: "...ah, tá sol...", outro: "...vou num churrasco...", outro: "...nesse mato?!" e claro, por fim "... ah.. vo dormir...", etc. Bom, então, percebi que faltava pessoas com vontade de se aventurar realmente! Mas tudo bem, cada um tem uma opinião e gosto e faz o que quer... Quem quer ser sedentário, seja. O sol sempre existirá, e cada vez pior, mais forte.

 

Devido a não encontrar um parceiro de ferrovia, um dia em casa comecei a pensar em criar uma solução, pois desse mato não saía mais cachorro não.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com uma idéia a seguir, fiz o rascunho. Depois comecei a analisar os materiais e a complexidade de construir a invenção... Mesmo sendo esse o primeiro rascunho, muita coisa mudou. Mas esse aí funcionou normalmente, só tive que alterar para se adequar ao matagal da ferrovia.

Para eu ter mais idéia do que eu estava criando, fiz esse rascunho. Os rascunhos, mesmo que sejam alguns rabiscos (desde que você entenda depois), ajudam muito para saber as peças que terão que ser feitas, tamanho, valor estimado, etc.

Mas porquê de não usa-la mais na Bicilinha? Porque se eu usar a mesma bicicleta para ambas Bicilinhas, iria forçar muito a mesma podendo acontecer num desgaste excessivo ou quebra dela (principalmente corrente, já quebrei 3!) em qualquer lugar em meio a ferrovia... E outro motivo de não usar a mesma nas duas Bicilinhas, seria por causa das peças que eu teria que adaptar na bicicleta. Elas não permitiam o encaixe do quadro no suporte da bicicleta da primeira Bicilinha.

 

Então, decidido isso vamos para a próxima etapa: materiais, forma da invenção e custos... Rascunha daqui, pensa dali (meu primeiro rascunho foi brincando... numa folha de jornal!)... Verifica os custos (que não foram altos...). Mede o rodeiro do trilho (rodeiro: parte que a roda do trem passa)... Mede o desgaste... O custo é baixo, material tem fácil acesso... então... Vamos fazer o trem!!!

 

Mas em meio da enchente de idéias, pensei em vários tipos de rodas com friso duplo, inclusive achei que já podia existir alguma que dava certo... Mas não era do jeito que eu queria! Então resolvi fuçar na internet. Até que, vendo nas imagens na internet, descobri que uma invenção parecida com a minha já existia a nos no exterior.

 

Vixi... aí ferrou! Humm... ixi.... nossa.... e agora? Já existe uma igual a que pensei a 10 anos, e eu nem sabia... mas perae! Eu sabia dela quando pensei em desenvolver essa? Não! Eu copiei algo dela, sendo que eu nem sabia que existia e já estava com ela '100% na cabeça? Não! Ué... então?! Vamos construir!!! Vou desenvolver o MEU projeto que tinha em mente a anos, porém "engavetado" e não copiar ou ver como foi feito! Bom, se fosse plágio eu não perderia tempo meu agora digitando tudo isso aqui, na qual tenho uns computadores aqui para arrumar (sou técnico em informática, ha 17 anos, contando de hoje, e por sorte, eu sou o patrão!). Então eu decidi fazer do meu jeito, daquele jeito que tinha pensado a mais de 10 anos atrás e seguir em frente, sem espiar absolutamente NADA da gringa. Se eu passasse por algum problema? Eu me viraria e não copiaria. Copiar não é meu forte... Bom não digo que na época de escola e faculdade eu não copiava né... Mas criação própria, inenção, aí não. Mesmo se desse errado alguma coisa, jamais olhar em outros modelos: quero ser original, como a primeira Bicilinha!!! E o nome? Hum... Qual nome dou a ela? Bicilinha 2? Bicilinha Pena (leve pa pega!)? Bicilinha "light" (ih.. inglês não! Estamos no Brasil!!! Depois veja no menu "Porque Bicilinha" e entenderá...). Opaaaaaa já sei: como ela foi a segunda Bicilinha e é de uma pessoa só... nasceu o nome:

 

BICILINHA 2 PESSOAL!!!

(sem os 3 pontos de exclamação!!!)

AEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!! Viva!!!!!!!!!!!

 

No início de junho de 2010, dado um nome a nova invenção, coloquei minha idéia num papel fizendo um breve rascunho para eu analisar e ver o que era para ser feito e alterado... Para usar uma referência. Peguei uma folha branca e comecei a rascunhar e rabiscar. Aí comecei a ter uma idéia mais clara da minha nova invenção, a Bicilinha 2 Pessoal e ter uma noção de como começar, as peças, etc.

 

 

 

 

 

Desenho das rodas de apoio do outro trilho: funcionou 100% até que viessem a mata atlântica que vegeta na ferrovia. Por sorte eu tinha outro plano com peças de fácil acesso.

 

 

Vista de cima das rodas de apoio do outro trilho: era para ser assim, mas futuramente isso foi mudado: para melhor transporte tive que fazer esses "braços" articulados... Mas foi simples a mudança. O pequeno desenho no canto superior direito, é a vista de frente dessa peça.

Quando fiz isso, fiquei doido... Fui até na linha ver se dava para andar só com isso, claro, já prevendo que se eu tentasse ir, era um tombaço (ou tombasso?!) para um dos lados, afinal não tinha nada para apoiar ou exercer contra peso... Fui até a linha, coloquei e empurrei um pouco: era como eu previa... A Bicilinha 2 Pessoal andou certinho! O jogo entre os frisos da roda ficaram certo com os desgastes. Até tentei sentar no banco e pedalar, mas claro que a coitada da bicicleta ia pender para algum lado, e como a roda era com duplo friso, não tinha como virar para equilibrar... Bom, então voltei para casa com o sorriso quase emendando atrás da cabeça (eita!). Não via a hora de amanhecer para fazer a roda de sustentação. Ixi... mas que material uso?! Bom... vamos apelar aos rolamentos de motor de moto que encontra em qualquer oficina de motoca.

 

Vi vários tamanhos de rolamentos... Pensei em colocar do mesmo tamanhos dos 20 usados na Bicilinha. Mas, como o centro dele é muito grande, teria de usar um ferro de diâmetro grande para caber ali. Então, coloquei uns com a metade do tamanho. Aliás, coloquei um não, coloquei ums 8! Espaçados por um ferro de não sei nem o que! Porque tanto assim? Caso a linha tivesse torta ou fora da bitola (1,66 m), ela poderia "dançar" até ums 20 cm que eu conseguiria andar legal. É isso mesmo: a Bicilinh

a 2 Pessoal é para enfrentar umas coisas dessas mesmo!!! Bom, depois verão nas fotos e nos vídeos... Essa enfrenta quase tudo! Anda até na terra! Vontade de ver agora as fotos né? Aguenta aí... Termina aqui primeiro, para entender a fabricação dela tudo certinho... eheheheheheh

 

Bom, para fazer esse contrapeso/apoio eu desenvolvi 3 barras de ferro de metalão reguláveis que partem das partes mais óbvias da bicicletas: uma na frente da bicicleta embaixo, outra do meio no alto, e a outra no fim embaixo, formando assim uma das formais mais fortes: o triângulo. Essas três barras de metalão, em suas outras extremidades foram unidas em uma única peça que é aqueles 8 rolamentos lá que eu disse.

 

E quanto ao freio? Bom, como a bicicleta anda perfeitamente com seus dois pneus sobre a linha, então o freio  é o mesmo da bicicleta, sem alteração alguma.

 

Aí volta algumas perguntas, como as da Bicilinha... e quanto as autoridades?! Aí vem a mesma resposta...Caso você não tinha se perguntado isso, certamente que mais tarde poderia se perguntar. Bom, começar, não estou destruindo nada de errado como avarias, matando ninguém e muito menos “zuando” na ferrovia ou com os trilhos. Muito pelo contrário: estou mostrando que é possível através de uma simplíssima invenção trafegar no que sobrou da nossa malha Paulista, fazendo exercício e sem usar qualquer motor a combustão ou elétrico. Então... há algum problema?! E quem tem que impor regras ou permissões na ferrovia não é as autoridades locais e sim a ferrovia afinal ali não é "rua" e a minha invenção, a Bicilinha 2 Pessoal, não é um "veículo rodoviário" e sim ferroviário então cabe a ferrovia alertar algo. Em outras palavras compete a ferrovia cuidar, permitir ou proibir algo e de mais ninguém.

 

Mas como no caso da Bicilinha, que eu tinha avisado as autoridades locais que eu estava andando na linha e não se tratava de vandalismo (se é que o que eu faço pode ser considerado láaaaaa longa commo vandalismo...), quando fiz essa nem falei nada a ninguém. Pois como muitos aqui já sabem que eu ando na linha com a Bicilinha, se ver eu andando de bicicleta na linha já saberão do que se trata né?!

 

Então... Vamos aos testes? E quanto ao trem? Ixi... antes tivesse algum trem rodando por aqui, porque a coisa tá feia. Falando um pouco dos trens por aqui... Espero que logo volte alguma coisa aqui. Preferencialmente, os trens de passageiros, né? Mas isso é quase impossível com a administração presente. Bom, para voltar o trem aqui depende de uma única coisa: INTERESSE POLÍTICO!!! Aí sim... Nem que fique milhões e milhões mas fazem, afinal, estamos no Brasil, certo? É só algum político aí comprar uma "fábrica" de dormentes, arrumar algum laranja que você vai ver linha de trem para tudo quanto é lado! Lembra dos kits de primeiros socorros nos carros? Que todo mundo era obrigado a ter? Então... Estranho né?! Só depois de vender e vender foram analisar que, num acidente NÃO pode mexer no acidentado... Então para que o kit?! Aí não foi mais obrigatório... Será que algum político estava por trás de alguma empresa na qual comercializasse esses kits?! Sei lá... Brasil é Brasil. Bom... Vamos voltar nos primeiros testes da invenção né, pois falar em política é uma bosta! Mas mesmo quando vou andar, sempre me informo se haverá passagem de alguma coisa na linha... Seja um trem (coisa que, contando de hoje, passou um a 3 anos!), seja um auto de linha... Sempre que fui me informar, NUNCA aconteceu de nada passar! Seria mais prazeroso tirar fotos de um trem ou auto de linha passando, mas infelizmente, não passou nada quando fui andar. Mas vamos colocar que eu nunca mais me informo e venha um trem. E a parada da Bicilinha, é rápida? Ela corre beeem mais do que a primeira Bicilinha... Sim, devido ao seu baixo peso e aos dois pneus estarem em contato com o trilho, é freou, parou! Rápido! Só parar, descer da bicicleta, pegar no quadro e na barra do meio e retirar. Pronto. Estou fora da linha. Simples e ulta rápido.

 

Agoooooora sim, vamos aos testes? Bom... tive que fazer os testes a noite, pois fechei minha loja as 18:00 e fui para casa levar a minha invenção, Bicilinha 2 Pessoal, para a linha sem saber ao menos como ela ia se comportar! Bom, sem querer chamar atenção, montei ela num local sossegado, coloquei na linha aí ficou meio que desajeitada. Nada que uma entortada aqui e ali não resolva... Subi na Bicicleta e com a adrenalina láaaaaaaaa em cima... Dei as primeiras pedaladas e... TOMBO! Aauhauhauhauha não não, brincadeira... A INVENÇÃO ANDOU COM QUASE NADA DE ESFORÇO!!! Falando sério?! Com o peso da própria perna ela consegue andar num lugar limpo. Sim... é extreamente leve! Ágil! Atravessei a cidade mas não cheguei até a estação, pois tudo era novo ali, a linha com a roda... E fazia tempo que eu não andava por isso nem sabia se algum porco teria jogado algo na linha (aqui isso é comum...aqui, ferrovia = lixão). Fui e voltei umas 3 X rindo sozinho... E impressionado com a leveza da coisa... nem se compara com a Bicilinha, em termos de peso.

 

Nossa... Realmente, o mato não segurou! Pois ela é muito mais alta que a Bicilinha, leve, ágil (aí é perigoso...), um limpa trilho que desenvolvi, abre o mato de maneira que a roda não passe por cima ou pelo menos passe em uma pequena parte dele...

 

Aí depois de ver que o negócio funciona mesmo, comecei a procurar riscos e perigos na qual poderiam fazer com que eu realmente fosse para o chão, ou pelo menos descarrilar. Percebi que, quanto ao mato do trilho que eu estou em cima não tem problema (pelo menos mato daquele tamanho...), mas, já o mato do outro trilho vi que, devido os rolamentos serem pequenos, ali sim, um mato de tamanho razoável estava "freando" toda minha invenção, mesmo estando desempenhando o papel perfeito: de agir como um contra peso e apoio. Também percebi que, como as bolinhas do rolamento ficam muito perto do trilho e consequentemente perto do mato, elas echiam de sementes e de mato, ocasionando em um possível travamento dela. Bom, mas o pior já tinha passado: fazer ela andar na linha perfeitamente. Mesmo em curvas para ambos lados retas, ela se manteve firme e forte!

 

Então, pensei em resolver da maneira que sempre resolvo: o mais simples e eficaz possível: coloquei roda de carriola! Isso... daqueles carrinhos de mão usados em construção! Mas não foi simples colocar lá... A altura era 3 X mais, sem contar que não achei essas bombas dessas rodas com rolamentos! Então, fui atrás de rolamentos que coubessem nelas e... achei! Opa! Aí fiz um suporte para ela que é a mesma peça que os 3 braços de ferro vindos da bicicleta se unem... e vamos para a linha de novo!

 

Andou legal, enfrentou o mato tranquilamente... mas... era só vir uma curva que o pesadelo que eu mais temia começava: sair a roda traseira! Putz!!! Mas eu pensei... eu NÃO vou colocar uma roda igual a da frente atrás da Bicicleta!!! Vou quebrar a cabeça mas vou ajustar de maneira que ela ande na linha sem essa roda. Quando pensei em inventar a Bicilinha 2 Pessoal a 10 anos como eu disse, eu não tive idéia de colocar uma roda atrás da bicicleta. Ainda mais depois que vi que aquela gringa do site lá tinha a tal roda... Não copiei absolutamente nada da Bicilinha, e da Bicilinha 2 Pessoal será a mesma coisa! Ou eu invento tudo e me viro para arrumar o problema ou deixo quieto! Quero ser original como fui com a Bicilinha.

 

Pois bem, foi aí que aconteceu o que eu disse aqui... Levantava as 7 da manhã de domingo e ficava até as 12:00 tentando achar um meio termo para a roda traseira não cair. Ajusta daqui... Inclina dali... Mede daqui... Regula dali... até que... AEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!! Agora sim!!! Ficou 100%!!! Fui e voltei, curvas de ambos lados e nada de cair!

 

Calculo que já andei perto de 1000 Km com a Bicilinha 2 Pessoal!!! Com a Bicilinha, eu andei certamente mais que 1000 km, isso em quase 10 anos. Já com a Bicilinha 2 Pessoal, que hoje tem aproximadamente 1 anos e meio, andei quase o equivalente a 10 anos da Bicilinha! Porque? Devido a ela andar mais, enfrentar mais mato e ser muito mais leve, automaticamente, consigo desenvolver mais kms nela.

 

Do fato dela ser 100% desmontável, fiz até uma pequena alça para carregar quando eu for da minha casa para a ferrovia e voltar...

 

Afinal... qual das duas eu prefiro?! Hum... pergunta difícil... As duas foram criações minhas. As duas eu gosto muito. Uma é pesadona, enfrenta melhor os obstáculos na linha esmagando e retirando, mas é bem mais pesada e não poder ter mato para poder andar bem com ela. A outra é muitíssimo mais leve, corre mais, enfrenta mais o mato mas dependendo do obstáculo na linha a rodinha pode levantar, por ser leve (falarei disso em "Aventuras"). Bom... de se parecer mais com trem, claro que a Bicilinha com duas 6 rodas de ferro, é mais parecida... Até para passar na chave (AMV... ou cruzadilhas) e pelo barulhoa que as 6 rodas fazem. A outra já é bem mais silenciosa tem só 1 roda de ferro na qual faz pouco barulho mas em compensação levíssima e o tempo de transportar, montar e desmontar é muito mais rápido que a Bicilinha, mas é possível andar somente em 1... Resumindo: prefiro as duas, mas dependendo da ocasião, uma se sobressai mais que a outra. Hoje por exemplo (Fevereiro/2012), como o mato tá alto e tem muita coisa na linha, terra, etc, só estou andando com a Bicilinha 2 Pessoal. Quando limparem, e se eu achar um doido aí, eu ando com a BIcilinha... Mas a linha tem que estar sem barranco caído e matagal, senão gastamos mais energia limpando e levantando a Bicilinha do que pedalando, ao contrário da Bicilinha 2 Pessoal, que eu mesmo, somente 1 consegue virar ela devido a seu pouquíssimo peso.

 

Passei por diversas aventuras e alguma adaptações de última hora desde o nascimento da invenção. Da minha primeira viagem, para a cidade vizinha, até hoje está no menu "Aventuras - Bicilinha 2 Pessoal". Dê uma olhada e veja como foi a primeira viagem com a Bicilinha 2 Pessoal! Confira!!!

 

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